O maior fã de Ronaldo na Arábia Saudita: choro e desmaio ao primeiro contacto
Em redor de Talisca descobrem-se os fãs de CR7. Depois do vídeo viral do filho do ex-Benfica a jogar com o luso, O JOGO foi descobrir um fotógrafo carregado de paixão e "loucura".
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Gabriel Nascimento é uma das pessoas mais realizadas em Riade com Cristiano Ronaldo.
Fotógrafo e artista audiovisual, o baiano, de 33 anos, trabalha diretamente na Arábia Saudita com Talisca, tendo acompanhado o antigo médio do Benfica por essas paragens com o propósito de fazer todos os registos desejados pelo craque brasileiro do Al Nassr.
E não podia ter recebido melhor prémio desta amizade que o ingresso de CR7 no mesmo clube de Talisca, momento que vem rendendo emoções em cima de emoções para Gabriel, perplexo e maravilhado com o que vai desfrutando, vendo o português tão perto, tão palpável, tão real e amigo. E, decisivo, pelos sete golos marcados nas últimas quatro vitórias da equipa. "Foi Talisca que me puxou para cá a partir do momento que nos conhecemos em Salvador. Faço fotografias diárias para ele", contextualiza Gabriel, inebriado pelo que tem tido oportunidade de viver, há uns meses uma mera fantasia.
"Desde que começou a circular a notícia que Cristiano vinha para cá, a Arábia Saudita parou, com muita gente a buzinar e a festejar. Ficaram felizes os adeptos do Al Nassr e os outros também. Ver Ronaldo cá foi algo incrível. Eu estava a chegar a Riade, vinha de um jogo e dizia aos meus colegas que o meu sonho ia tornar-se realidade. E foram horas fantásticas, a prova como o povo de cá ama o futebol e ama Cristiano", reconhece, expondo o delírio mais pessoal.
"O primeiro contacto foi algo inesperado. Eu tinha saído com o Talisca para jantar num restaurante japonês. De repente vejo o CR7 e quase desmaiei. Senti-me mal porque a pressão baixou a pique. Tive de tomar muito sal! E foi só um contacto visual", argumenta.
Choro e desmaio ao primeiro contacto
"Para o conhecer acho que passaram duas semanas. O Talisca disse-me que era dia de eu tirar uma foto com o Cristiano. Não dormi essa noite. Foi uma espera de uma hora, fiquei a ver o treino, até que o Talisca e o Luiz Gustavo foram ter com Ronaldo e disseram-lhe que estava um fã na bancada que o amava muito. Acenaram e fiquei logo em lágrimas! No final ele veio falar comigo, fiquei muito emocionado, mostrei as minhas tatuagens, ele disse que era muito bonita a do braço e quando viu a da cabeça e pescoço só disse "tu és maluco". Eu aí respondi "Sou maluco, por você!"", documenta Gabriel Nascimento, carregando imagens no corpo que ilustram o fanatismo pelo craque português e as suas maiores consagrações. "Ele autografou-me a camisola que tinha e ficou de me dar uma das suas do clube. Foi simpático e muito gentil, falou comigo mais de cinco minutos", descreve.
"Neste primeiro mês de Cristiano, é certo que os holofotes do mundo viraram-se para cá. Ele teve dificuldades em marcar nos primeiros jogos, mas de um momento para o outro apareceu com quatro golos, acabando decisivo para a liderança do campeonato. Tem-se dado bem com Talisca. Aqui fala-se todos os dias dele, não há um horário em que o Ronaldo não seja o centro das atenções", elogia Gabriel Nascimento, verdadeiro privilegiado por um contexto tão favorável.
"No aniversário do Talisca ele apareceu e conversou com toda a gente. Só vejo felicidade em Cristiano, por estar a jogar e saber que o está a fazer numa liga competitiva. Os jogos são difíceis, é diferente do que se diz na Europa. Ele está feliz no campo e por ter a família por perto. Tem novos amigos que o estão a ajudar e está determinado a ajudar o clube", diz o brasileiro, radiante.
"Realizei o maior sonho da minha vida, estou a viver coisas muito para lá do que imaginava. Estar tão perto é inexplicável e emocionante. As minhas tatuagens representam todo o amor e admiração pelo que viveu CR7 tanto nos clubes como na seleção de Portugal", explica.
"Disse-lhe que o acompanho há 15 anos. Se ele não ganha, eu sofro, se não marca, eu fico triste. A minha vida baseia-se nas vitórias da vida dele", confessa... sem hesitar, percorrendo a galeria das maiores loucuras.
"Assim a maior loucura que recordo vem ainda da escola. O Ronaldo faz um golo pelo Real Madrid num clássico contra o Barcelona, eu pego na sirene do colégio e comecei bem alto a gritar "simmmm", imitando o festejo do Ronaldo. Todos se riram mas eu acabei com uma suspensão de dois dias."