O curto historial de Portugal com a Macedónia: "Jogar bonitinho não interessa nada"
Seleção portuguesa apontou apenas um golo em dois jogos realizados.
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A seleção portuguesa de futebol soma uma vitória e um empate nos confrontos com a Macedónia do Norte, mas apenas um golo marcado, na antecâmara do terceiro duelo, e primeiro oficial, que vale um lugar no Mundial'2022.
Na neutra Lausana, na Suíça, em 2 de abril de 2003, no terceiro jogo da era Luiz Felipe Scolari, Portugal derrotou os macedónios por 1-0, graças ao golo 28 na seleção AA do então regressado de Luís Figo, apontado aos 24 minutos, na sequência de um passe de calcanhar de Sérgio Conceição.
A seleção lusa pode queixar-se de alguma falta de sorte, nomeadamente nos cabeceamentos de Pauleta e Costinha aos ferros, mas também só venceu porque Ricardo parou dois tiros de Sakiri e teve uma saída preciosa aos pés de Grozdanovski.
No cômputo geral, Portugal realizou uma exibição sem brilhantismo, mas venceu, num encontro realizado quatro dias após uma épica vitória por 2-1 face ao Brasil, à chuva, nas Antas, com tentos de Pauleta e Deco, este de livre direto, na estreia. Pelo meio, Ronaldinho Gaúcho marcou de grande penalidade.
De início, face aos macedónios, Scolari apresentou um onze repleto de estrelas, com Ricardo na baliza, uma defesa com Paulo Ferreira, Fernando Meira, Fernando Couto e Rui Jorge, um meio-campo com Costinha, Maniche e Rui Costa e um ataque com Figo, Sérgio Conceição e Pauleta. Um luxo.
Na segunda metade, o técnico brasileiro estreou como internacionais AA Rogério Matias e Silas e lançou ainda Simão Sabrosa, Jorge Andrade, Deco, Luís Loureiro e Nuno Gomes.
"Se ganharmos todos os jogos por 1-0 seremos campeões. Jogar bonitinho não interessa nada. O que interessa é vencer, e vencemos", desdramatizou Scolari, a mais de um ano do Euro'2004, que Portugal terminaria como vice-campeão.
Se neste primeiro encontro com a Macedónia do Norte, Portugal só conseguiu um golo, no segundo, quase uma década depois, em 26 de maio de 2012, num particular realizado em Leiria, o onze de Paulo Bento nem o nulo logrou desbloquear.
Na preparação para o Euro'2012, coincidentemente uma semana antes de um 1-3 com a Turquia, na Luz, Portugal foi dececionante e acabou brindado com muitos assobios por parte do público português, durante a segunda parte e em especial no fim.
Frente ao então 98.º do ranking FIFA, comandado pelo galês e ex-treinador do Sporting John Toshack, o conjunto das "quinas" foi lento e desinspirado, proporcionando, estranhamente, uma noite calma ao guarda-redes Bogatinov.
Portugal alinhou em 4-3-3, com João Pereira, Bruno Alves, Rolando e Fábio Coentrão, à frente de Beto, um meio-campo com Miguel Veloso, Rúben Micael e João Moutinho e um ataque com Ricardo Quaresma, Hélder Postiga e Cristiano Ronaldo.
Na etapa complementar, foram ainda lançados Raúl Meireles, Nani, Hugo Almeida, Hugo Viana, Silvestre Varela e Nélson Oliveira. "Não fizemos um bom jogo. No primeiro tempo, abusámos da lentidão. Na segunda, ainda aumentámos o ritmo, mas não estivemos bem no último passe, nem nos cruzamentos. Em função do que fizemos, e como o adversário se bateu, é um resultado justo", reconheceu no final o selecionador Paulo Bento.
O terceiro embate entre Portugal e Macedónia do Norte, da final do caminho C do play-off europeu de acesso à fase final do Mundial de 2022, realiza-se na terça-feira, pelas 19:45, no Estádio do Dragão, no Porto.
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