
Nuno Mendes
Mário Vasa
Roberto Martínez, selecionador de Portugal, deu uma entrevista ao jornal espanhol Marca, que foi publicada esta terça-feira
Luis Enrique disse sobre Vitinha: 'Isto não é a minha tática, é Playstation'. Como definiria Vitinha? "Ele é capaz de executar o que os treinadores pensam a qualquer momento. Tem capacidade técnica para antecipar o que acontece no jogo. A sua leitura do jogo e controlo da bola são difíceis de encontrar. Concordo com as palavras de Luis Enrique."
Nuno Mendes é o melhor lateral-esquerdo que já viu? "É aquele que tem o melhor registo. Quando falamos de um lateral-esquerdo, esperamos que seja rápido, recupere, defenda um contra um, seja bom no jogo aéreo... O Nuno pode jogar por fora ou por dentro, pode estar mais a 10 do que a lateral, sabe chegar à área, pode atuar como terceiro central... Nunca vi um lateral-esquerdo que fosse tão bom em tantos registos diferentes."
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Gostava de ser selecionador de Espanha um dia? "Sou uma pessoa muito estranha nesse sentido. Não me vejo em nenhum outro lugar que não seja a seleção de Portugal. Agora, a nossa preocupação é a preparação para o Mundial. Depois, depende muito do projeto e com quem trabalhas, porque acredito muito nas relações pessoais e nas pessoas que realmente acreditam no teu trabalho. Mas, insisto, hoje em dia não me vejo em nenhum outro lugar além de Portugal."
Não sente falta do dia a dia de treinar uma equipa? "Não. Aprendi que são situações muito diferentes e que se pode desfrutar de ambas. Convido todos os treinadores a trabalhar numa seleção, porque isso melhora muito a sua capacidade de olhar para trás e analisar. Ambas têm exigências únicas. Ao nível da seleção, não há segunda opção. Se perder um jogo, está fora e é o fracasso de uma nação. É preciso viver com isso. É verdade que não pensava que, após sete anos na Premier League, com 42 anos, iria para uma seleção tão jovem e muito menos esperava ficar dez anos no futebol internacional."
O Mundial'2030 organizado por Espanha, Portugal e Marrocos: "Todos nós crescemos com as nossas memórias dos Mundiais. A minha primeira imagem é Kempes a marcar na final de 78, mas depois é Naranjito em 82. Acho que 2030 vai significar o mesmo para muitos jovens na Península Ibérica. Vai dar-lhes um estímulo, uma ideia, um propósito... Essa é a força que um Mundial em casa tem. Além disso, ao nível das infraestruturas, vai permitir melhorar muitos estádios e transmitir a nossa cultura futebolística."

