"No Torreense disse que queria chegar a um grande e riram-se à gargalhada"
Marçal passou por Nacional e Benfica antes de vingar nos franceses do Lyon, mas entrou em Portugal pela porta pequena.
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Marçal deixou o Benfica a título definitivo em 2017, sem somar qualquer minuto oficial de águia ao peito. O lateral-esquerdo brasileiro foi contratado pelo emblema encarnado em 2015/16, mas nunca dispôs de oportunidades com Rui Vitória. Depois de sucessivos empréstimos aos turcos do Gaziantepspor e aos franceses do Guingamp, foi contratado pelo Lyon no início da última temporada.
No entanto, a etapa portuguesa da carreira do jogador de 30 anos começou bem antes, mais precisamente em 2010/11, quando assinou pelo Torreense, que disputava o terceiro escalão do futebol luso - agora Campeonato de Portugal. Em entrevista à ESPN, Marçal recordou a chegada ao clube de Torres Vedras.
"Estava sem perspetivas e fui jogar à bola com um amigo chamado Juninho Botelho, que tinha jogado comigo no Grémio. Ele disse: "há um empresário de Fortaleza que me disse que em Portugal estão a precisar de um lateral-esquerdo. Não queres tentar?' Respondi: "manda o meu DVD". Só que eu ainda não tinha um", recordou, entre sorrisos, explicando que o DVD foi editado durante a madrugada seguinte, até às primeiras horas do dia. Quando chegou, o esquerdinho deu conta que se tinha equivocado:
"O estádio era pequeno e tinha uma estrutura simples. Falei com o presidente e percebi que a II divisão era a Série C de Portugal! Mas já estava lá, fingi que não se passava nada e fui trabalhar. Assinei contrato e o pessoal recebeu-me muito bem. Lembro que quando cheguei ao Torreense disse que o meu objetivo era chegar a um grande e riram-se à gargalhada", lembrou Marçal, que, em 2012, acabaria por rumar ao Nacional, da Madeira.