Romário Cunha lembra a união do grupo, fundamental para o troféu conquistado na Albânia, e considera que esse fator pode ser determinante para ter sucesso no Mundial do Catar. Na caminhada para o título continental, o guarda-redes do Braga brilhou na meia-final com a Itália, ao defender três penáltis. "Estou pronto para fazer o mesmo no Catar, mas espero que não seja preciso".
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É já na segunda-feira que Portugal faz a estreia, diante da Nova Caledónia no Campeonato do Mundo de sub-17, que se disputa no Catar. E a equipa das Quinas chega a este torneio com o estatuto de campeão europeu, título conquistado em junho, na Albânia. Romário Cunha foi um dos jogadores que ergueu esse troféu e sonha obviamente com nova conquista no Mundial.
Contudo, a O JOGO, o guarda-redes mostra-se cauteloso sobre as hipóteses de vencer a competição. "Sabemos quais são as nossas qualidades, temos uma união de grupo muito forte. No Europeu não éramos favoritos, mas fomos construindo algo que nos fez chegar até esse ponto e vencer. No Mundial acredito que vai ser igual", salienta.
No caminho vitorioso na Albânia, o guardião bracarense destacou-se na meia-final, na qual brilhou no desempate por grandes penalidades, ao parar três remates. "Foi muito especial e consegui mostrar um pouco mais do que é o meu trabalho. Mas não me senti herói nacional. Fomos todos importantes", frisa Romário Cunha, que, por um lado, não quer repetir a façanha no Mundial. "Se tiver que acontecer, estou preparado para fazer o mesmo no Catar. Mas espero que não seja preciso chegar a esse ponto para ganhar um jogo."
Portugal está inserido no Grupo B no qual, além da Nova Caledónia, vai defrontar também Marrocos (6 de novembro) e Japão (9 novembro). Os oponentes já foram estudados, nomeadamente os japoneses. "Jogámos contra eles recentemente e perdemos 1-0. Sabemos que têm um futebol muito rápido e objetivo. Os restantes adversários também são perigosos e estão motivados por defrontar Portugal, querem abater-nos. Temos de estar concentrados para não deixar que isso aconteça", alerta.
Aos 17 anos, Romário Cunha integra o plantel de sub-23 do Braga, tendo efetuado seis jogos na Liga Revelação, uma prova que o ajuda a evoluir. "Tem sido muito importante jogar neste escalão. Sinto-me um melhor guarda-redes e mais preparado para várias situações que posso encontrar neste Mundial. Jogo e treino contra jogadores mais velhos, o que é benéfico para quem joga na minha posição".
Diogo Costa é para valorizar
No dia a seguir a ter brilhado na meia-final do Europeu, Romário Cunha foi surpreendido com um vídeo de Diogo Costa, guarda-redes do FC Porto e da Seleção Nacional, a felicitá-lo pela boa exibição. "Fiquei muito feliz e, claro, fui para a final com outro moral. É alguém que me inspira muito, observo aquilo que ele faz e tento transportá-lo para o meu jogo. Por vezes, os portugueses pensam que no estrangeiro há melhor, mas em Portugal temos um exemplo de um grande guarda-redes, que devemos valorizar", elogiou o guardião do Braga.
