Internacional brasileiro, agora ao serviço do Al Hilal, em entrevista à RMC Sport
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Neymar, internacional brasileiro do Al Hilal, em entrevista divulgada no domingo na RMC Sport, recordou a saída do PSG, a mudança para o emblema saudita e de que modo tudo se processou, não escondendo a mágoa pela forma como foi tratado por alguns dirigentes e adeptos do emblema parisiense.
"A minha experiência no PSG foi boa e má ao mesmo tempo... Boa porque, em termos desportivos, penso que estava no melhor momento da minha carreira. E má, porque estive lesionado durante muito tempo e muitas vezes. Não terminava uma época. Por isso, houve uma certa tristeza. Não esqueço os grandes momentos que vivi aqui, principalmente a final da Liga dos Campeões. Foram momentos incríveis. Podíamos ter ganho, mas uma final decide-se nos detalhes. Jogar na Ligue 1 foi uma experiência muito boa. Escrevi a minha história na Ligue 1 e foi bom para a minha carreira. Estou orgulhoso e feliz por ter feito parte dela. Acabou e tenho de focar-me na Arábia Saudita e no meu clube, o Al Hilal", começou por dizer no progama dirigido por Bartoli e Benoit Boutron.
"Decidi deixar o PSG e recebi a proposta para ir para o Al Hilal... Recebi a proposta logo a seguir à saída, porque simplesmente não estava feliz no PSG. O clube e o treinador já não contavam comigo. Já tinham falado comigo, por isso tive de tomar uma decisão e gostei da proposta do Al Hilal. Conheci o clube, a cultura e o campeonato. Fiquei muito surpreendido com a receção que tive aqui e com a simpatia dos adeptos. A liga está a evoluir e a nossa equipa também, e eu e a minha família temos a certeza de que tomámos a decisão certa", continuou, concluindo de seguida, com detalhes:
“O primeiro ano foi magnífico, os franceses e os adeptos receberam-me muito bem. Nos dois ou três últimos anos não foram iguais, a forma como me trataram não foi incrível, aconteceu o mesmo com o Messi. No que a mim diz respeito, foi injusto porque sempre dei tudo em campo. Não guardo rancor, mas entristeceu-me um pouco a forma como os adeptos me trataram, principalmente quando vieram a minha casa, quando a quiseram invadir, insultar-me ou agredir-me. Para mim, ultrapassaram os limites. A nossa relação deixou de ser respeitosa, quando eu sempre os respeitei.... Foi uma situação muito complicada. Fiquei triste com a forma como me trataram, mas já está ultrapassado. Respeito o PSG e vou sempre apoiar para que tenha os melhores resultados. Não guardo rancor do clube, apenas de alguns dirigentes e alguns adeptos. Mas isso faz parte do passado. É o clube onde passei mais tempo na minha carreira, seis anos. Vivi grandes momentos, mas também alguns tristes. E a minha relação com os adeptos é um dos momentos tristes, infelizmente. Mas, em termos desportivos, foi o melhor futebol que joguei. Por isso, estou feliz e de consciência tranquila."