José Mourinho lamenta ausência de sete jogadores, mas não tem nada a apontar aos que jogaram. "Deram tudo", defende.
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Em 20 anos de carreira, José Mourinho nunca tinha tido uma série negativa assim. Esta terça-feira, em Leipzig, perdeu por 3-0, e somou o sexto jogo seguido sem ganhar. A sequência de dois empates (Norwich e Burnley) e quatro derrotas (Chelsea, Wolverhampton e duas com o Leipzig) é a pior série de sempre em 935 jogos como treinador principal.
No final do jogo, o treinador do Tottenham reconheceu que a sua equipa vive "um momento muito complicado" e lamentou a ausência de sete jogadores por lesão. "Começámos bem o jogo e tivemos logo uma oportunidade no início. Tentei motivar os jogadores, mas eles foram mais fortes, têm jogadores com uma capacidade física incrível. Quando sofremos dois golos nas primeiras vezes que foram à nossa baliza tornou-se muito complicado", defendeu o treinador português, admitindo que a sua equipa cometeu "uma série de erros" e que "eles mereceram, porque foram a melhor equipa".
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"É duro", afirmou Mourinho, sobre o facto de não contar com alguns jogadores importantes do plantel como Harry Kane, Son ou Sissoko. "Se tenho de ser crítico com os meus jogadores, mantenho isso para nós. Vou pelo global: deram o que podiam dar. Cometemos erros que já tínhamos analisado em jogos anteriores. Mas às vezes acontecem quando não tens mais nada para dar. Nunca culpo jogadores. Normalmente o que me custa é quando um jogador não dá tudo o que tem. Estou com estes rapazes, porque jogam nos limites e não vou culpar ninguém quando estamos tão limitados. Não vou responsabilizar os jogadores porque deram o que puderam", afirmou.
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Mourinho defendeu ainda que a eliminação da Liga dos Campeões "provavelmente até será bom" para a equipa. "Por vezes é nos momentos maus que se pode preparar o futuro de uma forma melhor. Não há nada ou ninguém a culpar quando parece que em cada jogo há uma lesão traumática. Depois do Leipzig, por exemplo, perdemos o Son. Depois disso o Bergwijn. E não quero falar dos que perdemos há muito mais tempo. É essa a história da época, com vários problemas. Basta ver os resultados e a posição em que estávamos quando cheguei. A partir daí o negativo chega com a lesão do Hugo [Lloris] e parece que nunca mais pára. O Tanganga faz o primeiro jogo, o Sessegnon o segundo. É muito difícil. Não posso culpar os meus jogadores, pois deram tudo", referiu, deixando mesmo uma revelação: "Hoje, por exemplo, mesmo antes do jogo fiquei a saber que não poderia usar o Davinson Sánchez. As pessoas podem dizer que são desculpas, mas isto é mau para qualquer um", sentenciou.