O motorista do autocarro que conduziu o Flamengo ao aeroporto diz que não via nada à frente, mas que contou com a ajuda dos adeptos para manter o veículo na estrada, até chegarem ao desembarque
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Quando as portas do acesso à estrada abriram, José Apolinário, motorista do autocarro que transportou a comitiva do Flamengo ao aeroporto, ficou boquiaberto. "Meu Deus do céu, o que é isto?" Milhares de adeptos do "mengão" apinhados, completamente prensados uns nos outros, acotovelavam-se para a despedida. "Não via o chão à frente, imagina se vencermos!"
"Quando entrei vi a aglomeração, mas depois não tinha noção da quantidade que ainda estava lá fora. Achei que não fosse conseguir sair. A gente andava, mas não via o chão", contou o motorista à reportagem do Globoesporte. "Quem guiavam eram eles. Quando as cabeças na frente ficavam altas, sabia que tinha algo no caminho (risos)", acrescentou.
Apolinário recordou já ter visto um cenário muito parecido, em 1981, quando o Flamengo ganhou. "Foi muito bonito. Estar com o elenco todo, sendo torcedor, ficamos no último estado de adrenalina", contou, emocionando-se.
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Ao lado, Jorge Jesus passou a viagem vibrando com os adeptos. "Os adeptos passaram uma energia positiva, acredito que se refletiu nos jogadores. Jesus vinha na frente e também vibrou muito com isso, é como quando o Gabigol faz golo. Jesus estava com os braças no ar, comemorando com os adeptos. Foi tão bom, que não há como descrever aqueles momentos. Vão ficar comigo para o resto da vida", comentou José Apolinário.
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O regresso do Flamengo está previsto para a madrugada de domingo, no Brasil. Imagine-se se voltar com o título. "Se? Não, o Flamengo vai ser campeão e vai fechar a cidade toda. Imagino a viagem no camião dos bombeiros para o povo poder festejar junto. Se já foi bonito na ida, imagina na volta!", acrescentou.