Detido na prisão Brians 2, em Barcelona, desde o dia 20 de janeiro, após ter sido acusado de violar uma mulher numa casa de banho de uma discoteca catalã, a 30 de dezembro, o internacional brasileiro continua a aguardar pelo início do julgamento do caso, que está previsto para o outono.
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Detido há cinco meses na prisão Brians 2, em Barcelona, após ter sido acusado de violar uma mulher, de 23 anos, numa casa de banho de uma discoteca catalã, a 30 de dezembro, Dani Alves concedeu na quarta-feira uma entrevista à jornalista Mayka Navarro, tendo-se conhecido hoje mais declarações do jogador.
Desde a sua detenção, a 20 de janeiro, o internacional brasileiro já viu negados vários pedidos de libertação provisória da prisão, sempre com base no risco de fuga do país, uma justificação que admitiu não compreender.
"Alguém pode pensar que se eu tivesse a intenção de fugir, teria-me apresentado em Espanha? Ou teria viajado do México para o Brasil, de onde é quase impossível a extradição? Eu saí de casa aos 14 anos e desde então fui atrás da vida e solucionei todos os meus problemas. Em casa, os meus pais ensinaram-me princípios e valores que me guiaram toda a vida. E entre esses valores está o nunca atuar com violência e dar sempre a cara. Não fugir. Por isso, não entendo que não me seja concedida a libertade provisória por risco de fuga. Que fuga? Vou sempre dar a cara e de cabeça levantada, não penso em escapar às minhas responsabilidades", garantiu.
De resto, Dani Alves voltou a defender a sua inocência no caso, cujo julgamento está previsto para o próximo outono, mostrando-se confiante num desfecho em que sairá da prisão ilibado e de cabeça erguida. Revelou ainda que os filhos não foram à escola este ano, numa decisão que qualificou de "estratégia de defesa".
"Não sou um violador nem um agressor sexual. Tal como não era aquilo que insinuavam aqueles que me lançavam bananas no futebol. Tenho a força mental e moral de me proteger contra as injustiças e os estigmas. Vou sair daqui de cabeça bem levantada e manterei o meu projeto de vida, que é viver e ver crescer os meus filhos em Barcelona. Esta é a minha cidade e já decidi que queria viver aqui há muito tempo. Ainda não fui condenado e vou passar aqui os anos que forem precisos, mas sairei por aquela porta com a cabeça muito alta e vou pedir perdão apenas à única pessoa a quem devo desculpas, a minha mulher", sentenciou.
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