Dani Alves e a reação de Xavi à acusação de violação: "Quando o ouvi, chorei"
Detido na prisão Brians 2, em Barcelona, desde o dia 20 de janeiro, após ter sido acusado de violar uma mulher numa casa de banho de uma discoteca catalã, a 30 de dezembro, o internacional brasileiro continua a aguardar pelo início do julgamento do caso, que está previsto para o outono.
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Detido há cinco meses na prisão Brians 2, em Barcelona, após ter sido acusado de violar uma mulher, de 23 anos, numa casa de banho de uma discoteca catalã, a 30 de dezembro, Dani Alves concedeu na quarta-feira uma entrevista à jornalista Mayka Navarro, tendo-se conhecido hoje mais declarações do jogador.
Para além de ter defendido a sua versão do caso, dizendo-se inocente e garantindo que perdoa a alegada vítima pela situação em que se encontra, também comentou a reação de Xavi, treinador e seu antigo colega de equipa no Barcelona, aquando da sua detenção, a 20 de janeiro.
Recorde-se que o técnico, na altura, mostrou-se "surpreendido e afetado" com a notícia, dizendo: "A justiça vai ditar o que seja e não podemos meter-nos. Eu conheço Dani muito bem". Em resposta, Alves admitiu ter chorado quando ouviu as suas palavras.
"Xavi é meu amigo, um amigo para toda a vida e não pensou nas consequências quando disse aquilo. Quando o ouvi, chorei. Teria adorado pegar num telemóvel para ligar-lhe e dizer: 'Obrigado, obrigado, mas não voltes a fazer nunca mais. Não digas nada. Faz o favor de te esqueceres de mim que eu cuido-me, fica descansado", referiu.
Na conversa, Navarro também lhe perguntou se tem saudades de algum amigo da sua carreira.
"Nem um. Também te digo que todos os que jogaram futebol comigo não são meus amigos. Mas sim, tenho amigos no futebol que queriam inclusive ver-me, mas não os deixei", revelou o lateral direito, explicando: "A prisão não é um lugar para eles, para os meus filhos, para os meus pais ou para a minha mulher. Mas no final passaram tantos meses que deixei-os visitar-me".
"Não deixo que venha ninguém nem quero que ninguém me defende em público, porque neste momento defender-me seria prejudicial para o que fazem. Não espero nada de ninguém", acrescentou Alves, cujo julgamento só deverá acontecer nos meses de outono.
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