"Não quero que Rafael Leão fique feliz com 10 golos, deve apontar aos 20"

Fofana e Bennacer podem coexistir no meio-campo? “Com trabalho, é exatamente esse o meu trabalho. Cada jogador, no seu papel, deve encaixar bem com os outros. Eu acho que Bennacer e Fofana não possam coexistir, pelo contrário. Amanhã irão ambos jogar. Normalmente, eu não digo quem joga, mas a formação que sai nos jornais está sempre certa. Não é uma crítica (risos). Eles podem coexistir, devem entender o que têm de fazer quando temos a bola para atacarmos com equilíbrio. É este equilíbrio que queremos na equipa, para não sermos apanhados pela transição do adversário”. 

Braçadeira de capitão: “Antes de vir para aqui, eu vi que havia uma polémica sobre a braçadeira, para mim isso não é importante. Um jovem de 17 anos e um jogador de 35 anos devem ter a mesma responsabilidade e todos devem falar. No FC Porto, durante alguns anos, Diogo Costa, o guarda-redes, foi capitão. O capitão pode ser Mike [Maignan], Theo [Hernández], Calabria, mas para mim isso não é o importante, eles não se precisam de preocupar sobre isso. Maignan, por exemplo, tem de se preocupar em não sofrer golos, esse é o seu primeiro objetivo. Eu gosto dele porque ele tem esta personalidade, é um vencedor. Theo é igual, atingiu um número fantástico de golos aqui no Milan, superando uma lenda como Maldini. Para mim, é um prazer treinar estes jogadores e a braçadeira de capitão não é assim tão importante”. 

Encontrou a fórmula para que Theo Hernández e Rafael Leão sejam mais consistentes? “Penso que essa continuidade está sempre ligada ao treino. Eles recuperam no dia após os jogos e depois há um segundo dia e no terceiro já estamos a falar sobre o jogo. Hoje falámos com Leão, ele tem uma habilidade incrível nos testes físicos e há indicadores sobre isso. Ele pode fazer muito mais a este nível e estou a trabalhar nisso. Dentro do seu jogo, ele irá certamente melhorar os seus números. Não quero que ele fique feliz com 10 golos, deve apontar aos 20. Ele sabe o que tem de melhorar, falei com ele sobre isso. Agora, dentro de campo, é difícil, porque há demasiados jogos, mas ele entendeu o que deve melhorar e isso é um bom início para mim”.