A polícia de Estocolmo está a investigar a queixa de uma mulher que alega ter sido violada pelo avançado do Real Madrid no quarto de hotel onde esteve instalado, na semana passada
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A polémica noitada que Kylian Mbappé passou em Estocolmo, na Suécia, na semana passada, após ter ficado de fora da convocatória da seleção de França para esta dupla jornada da Liga das Nações por lesão, acaba de ganhar contornos mais graves.
Depois de a imprensa sueca ter relacionado, ainda que sem acusações, o nome do avançado do Real Madrid com a abertura de uma investigação por suspeitas de violação no hotel onde Mbappé e a sua comitiva estiveram instalados naquela noite, o canal TV4 confirmou que uma mulher acusou o capitão francês desse crime.
De acordo com o “Expressen”, a denunciante procurou tratamento hospitalar no sábado, sendo colocada numa unidade especialmente designada para vítimas de abusos sexuais e apresentou queixa contra o avançado, de 25 anos. Nesse sentido, as autoridades locais recolheram roupas usadas naquela noite como prova, incluindo cuecas, um par de calças e um “top” preto.
Antes desse desenvolvimento, Mbappé já havia desmentido qualquer ligação com a tal investigação por violação, falando em “notícias falsas” e acusando o PSG, com quem tem um litígio judicial, de estar envolvido na sua propagação.
A diretora do hotel onde estiveram Mbappé e a sua comitiva, que também incluiu o antigo colega no PSG e atual jogador do Bayer Leverkusen, Nordi Mukiele, recusou prestar declarações, sendo referido que o dianteiro, neste momento, é visto pelas autoridades como “razoavelmente suspeito”, o mais baixo de dois níveis.
Contactada pela rádio RMC Sport, Katrin Krantz, jornalista do “Expressen”, revelou alguns detalhes da "escapadinha” do avançado, que jantou num restaurante antes de passar a noite numa discoteca de Estocolmo, numa festa rodeada de secretismo.
“Os convidados foram obrigados a colocar os seus telemóveis num envelope para entrarem numa sala de pingue-pongue, que era uma sala de festas no Club V. Os convidados eram muitas mulheres escolhidas pelo dono do restaurante. Eram mulheres jovens normais, não ligadas ao futebol, que gostam de festa”, apontou, acrescentando que a identidade dessas mulheres é desconhecida.
Krantz explicou ainda o nível de suspeição atribuído a Mbappé: “Há dois níveis: 'razoavelmente suspeito e ‘suspeito por causa provável’. Neste caso, ele continua a ser 'razoavelmente culpado', mas isso pode mudar”, concluiu.