
epa07803891 Bayern Munich's president Uli Hoeness poses with a farewell gift during a press conference at the Allianz Arena in Munich, Germany, 30 August 2019. Hoeness announced he will not be available for another term as the president of the club and head of the advisory board. EPA/PHILIPP GUELLAND
EPA/PHILIPP GUELLAND
O presidente do Bayern de Munique deu uma longa entrevista aos meios do clube, em jeito de despedida, pois deixa o cargo a 15 de novembro
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Uli Hoeness, antigo jogador do Bayern de Munique, da seleção alemã e prestes a abandonar o cargo de presidente do citado clube bávaro (sai a 15 de novembro e já tinha avisado que não avançaria para outro mandato), deu uma entrevista aos meios oficiais do emblema que preside em jeito de despedida, contando histórias sobre a sua carreira, as relações com jogadores com personalidades fortes como Kahn, Effenberg e Matthaus, e emocionando-se ao falar da passagem pela prisão. No total, passou 49 anos ligado ao Bayern.
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Hoeness confessou ser culpado de evasão fiscal em 2014 e foi condenado a três anos e meio de prisão, tendo cumprido 18 meses. "O meu maior erro foi a evasão fiscal. Lamento profundamente e as críticas que recebi são absolutamente justificadas. Foram tempos difíceis, lembro-me das histórias de algumas das pessoas que vi na prisão. Um dia, um dos meus companheiros de cela ficou lá, apesar de estar livre para deixar a prisão, porque não tinha para onde ir e ninguém o foi buscar. Acabou por sair e apanhar um táxi para um sítio qualquer... E essas experiências marcam. Sobretudo quando chegam após uma incrível alegria desportiva, a vitória na Liga dos Campeões em 2013. Nessa noite sabia que ia para a prisão. O Ribéry chorava e os fãs entoavam o meu nome, fiquei emocionado. E algumas das cartas que recebi na prisão foram tão emocionantes que chorei como uma criança na minha cela. Alex Ferguson também me escreveu uma carta, à mão", diz Hoeness na extensa entrevista.
"Fico feliz com os 49 anos no clube. Não me arrependo de nada e devo tudo a este clube, não apenas porque me deu um emprego, mas porque me fez o fã número um. E não sinto nada além de profunda gratidão por isso. A crítica faz-me sorrir. Eu acho que os fãs sabem muito bem que, no fim de contas, sempre dei tudo e esfarrapei-me pelo clube", sentenciou.
A entrevista completa pode ser consultada no sítio oficial do Bayern de Munique.
