Muniain em dois atos: desafiou a superstição das finais e a lição de fair-play
Capitão do Atlético de Bilbau tocou na Taça do Rei antes do jogo. Foi a Real Sociedad quem a levantou, mas com os aplausos do médio
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Iker Muniain, médio e capitão do Atlético de Bilbau, teve dois gestos na final da Taça do Rei que captaram muitas atenções. O primeiro, antes do apito inicial, deixou os supersticiosos arrepiados. O segundo, no fim, personificou o fair-play.
Será, talvez, uma das mas antigas e conhecidas superstições ligadas ao desporto: não toques na taça antes de disputar uma final. As equipas de Atlético e Real Sociedad cruzaram-se com o troféu ao entrar em campo, e Muniain não resistiu a acariciar a taça.
De imediato as imagens espalharam-se "para memória futura". A final sorriu à Real Sociedad e não faltou quem, no fim da partida, dissesse que Iker pagou a "ousadia" com uma lição de desportivismo.
Os jogadores do Bilbau aguardaram no relvado pela entrega da taça ao grande rival, mas Muniain não só estava bem à frente dos companheiros, como não se limitou apenas a ver: aplaudiu os adversários quando estes levantaram o troféu.
No dia 17 deste mês, o Bilbau terá nova final da Taça do Rei para disputar, desta vez relativa à atual temporada e num duelo com o Barcelona, e multiplicam-se os apelos, diferentes mas assentes na mesma superstição: uns pedem a Muniain para voltar a tocar no troféu antes do tempo, outros torcem para que não o faça.