Muniain em dois atos: desafiou a superstição das finais e a lição de fair-play

epa09114775 A handout photo made available by the Spanish Royal Soccer Federation (RFEF) shows Athletic Club's captain Iker Muniain watching Real Sociedad's celebrations at the end of the 2020 Spanish King's Cup final soccer match at La Cartuja stadium in Seville, Andalusia, Spain, 03 April 2021. EPA/RFEF HANDOUT IMAGE TO BE USED ONLY IN RELATION TO THE STATED EVENT / MANDATORY CREDIT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
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Capitão do Atlético de Bilbau tocou na Taça do Rei antes do jogo. Foi a Real Sociedad quem a levantou, mas com os aplausos do médio
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Iker Muniain, médio e capitão do Atlético de Bilbau, teve dois gestos na final da Taça do Rei que captaram muitas atenções. O primeiro, antes do apito inicial, deixou os supersticiosos arrepiados. O segundo, no fim, personificou o fair-play.
Será, talvez, uma das mas antigas e conhecidas superstições ligadas ao desporto: não toques na taça antes de disputar uma final. As equipas de Atlético e Real Sociedad cruzaram-se com o troféu ao entrar em campo, e Muniain não resistiu a acariciar a taça.
De imediato as imagens espalharam-se "para memória futura". A final sorriu à Real Sociedad e não faltou quem, no fim da partida, dissesse que Iker pagou a "ousadia" com uma lição de desportivismo.
Os jogadores do Bilbau aguardaram no relvado pela entrega da taça ao grande rival, mas Muniain não só estava bem à frente dos companheiros, como não se limitou apenas a ver: aplaudiu os adversários quando estes levantaram o troféu.
No dia 17 deste mês, o Bilbau terá nova final da Taça do Rei para disputar, desta vez relativa à atual temporada e num duelo com o Barcelona, e multiplicam-se os apelos, diferentes mas assentes na mesma superstição: uns pedem a Muniain para voltar a tocar no troféu antes do tempo, outros torcem para que não o faça.
