Mulher de Thiago relata "medo e ameaças" antes da final da Champions: "Foi um pesadelo"
Júlia Vigas testemunhou o que vivenciou nas imediações do Stade de France, revelou que precisou de escolta para deixar o estádio gaulês e apelou a uma investigação, já solicitada
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A hora antecedente ao início da final da Champions, que motivou o atraso desta, no Stade de France ficou marcada pela tentativa de entrada indevida de vários adeptos do Liverpool, com bilhetes alegadamente falsos, furando controlos de segurança, e uma intervenção robusta da polícia, originando o caos nas imediações do local.
Entre os milhares de adeptos idos ao reduto de Paris, para assistir ao embate entre o Liverpool e o Real Madrid, esteve Júlia Vigas, esposa de Thiago Alcântara, craque dos reds, que relatou "momentos de medo" e "ameaças constantes de ladrões".
"A final foi um pesadelo total devido à falta de organização e de segurança. Houve muitos momentos de medo. Fomos ameaçados constantemente por ladrões que tentavam assaltar-nos e entrar no estádio sem bilhete. Muitos adeptos ficaram fora do estádio, provocando avalanches de pessoas. A polícia atirou gás lacrimogéneo a famílias de adeptos e alguns deles, pessoas inocentes, foram agredidos", escreveu.
Ocorrido estes incidentes, que causaram muita polémica em França, originando uma ação judicial da polícia de Paris, Júlia Vigas, que assistiu ao vivo à derrota do marido, revelou que precisou de escolta para deixar o estádio e apelou à investigação.
"Devido a este problema, tivemos de sair do estádio escoltados, para nossa segurança. Há que fazer alguma coisa, isto não pode acontecer neste tipo de eventos e pedimos responsabilidade. Podia ter sido muito pior", completou a mulher do médio.
A polícia parisiense interpôs, no passado domingo, uma ação judicial por "fraude maciça com bilhetes falsos" para a final da Champions, entre Real e Liverpool, que poderia ter tido "consequências graves para a segurança dos espectadores", pelo que considera "fundamental identificar os responsáveis" do sucedido em Paris.
Antes do jogo decisivo da prova, dezenas de jovens e de adeptos de futebol locais, não identificados, tentaram entrar à força no Stade de France, escalando até barreiras para o conseguir. A polícia interveio, dispersando a multidão com gás lacrimogéneo. Durante a noite, 105 pessoas foram detidas - cerca de 20 ficaram sob custódia policial.