Mourinho e o "desbravar caminho": "Não o fiz a pensar em ninguém, mas em mim próprio"
Treinador da Roma foi distinguido com o prémio carreira de melhor treinador, juntamente com Paulo Futre, que recebeu o prémio carreira de melhor jogador e Jorge Mendes, distinguido com o prémio carreira de melhor agente, no Thinking Football Summit, evento organizado pela Liga que decorre até domingo, no Porto.
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Agradecimento: "Quero agradecer ao presidente Pedro Proença, que a primeira vez que me viu expulsou-me, acho...E na última vez que me viu foi um Paris-Saint Germain-Chelsea, que nós passámos, penso que às meias-finais da Champions, o tempo passa, a consideração aumenta, ele sabe que pode contar comigo, no seu trabalho de elevar a Liga Portugal. Ao Paulinho [Futre], ao Jorginho [Mendes] e não se riam, porque eles chamam-me Zezinho, é uma honra estar aqui com eles. Somos grandes amigos que percorremos um caminho que já é longo e que vai continuar."
Papel no prestígio do país: "Aquela história do "special one" na primeira conferência de imprensa em Inglaterra... Eu tinha sido campeão europeu dois dias antes e, no mundo de hoje, com tão pouco as pessoas são tão grandes, e naquele momento ser campeão europeu com uma equipa portuguesa que começara uma final europeia com nove jogadores portugueses, que é uma coisa que se acontecesse noutro país, seria gigantesca. Numa conferência de imprensa sou confrontado com dúvidas se eu poderia fazer bem ou fazer mal, hoje [essa questão] já não se põe, alguém desbravou caminho a esse nível. Se eu pude ajudar a desbravar caminho para que hoje possa chegar a campeonatos dos mais importantes da Europa, fico contente. Agora sou honesto, quando o fiz não o fiz a pensar em ninguém mas a pensar em mim próprio."
Paulo Futre e Jorge Mendes: "Eu conheci o Paulinho quando ele era o grande Futre e eu era um jovem treinador, um jovem assistente disposto a trabalhar 24 horas por dia para chegar onde pensava chegar, e no dia em que o conheci percebi que paralelamente ao jogador que ele era, havia um coração ainda maior do que o jogador que ele era...a partir daí, Paulinho e Zezinho, assim vamos morrer os dois. O Jorge é um companheiro de viagem, no futebol há muita subjetividade, mas também há coisas objetivas e estas são aquilo que ele tem feito pelo futebol português, clubes e jogadores portugueses, e pela conta bancária dele [risos]..."
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