Treinador português apresentou folha de dados sobre as últimas épocas do Manchester United e garantiu que não vai virar as costas aos "red devils", depois da eliminação da Liga dos Campeões.
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José Mourinho aproveitou a conferência de imprensa desta sexta-feira, de antevisão ao jogo com o Brighton, para deixar alguns recados aos adeptos do Manchester United e para tomar posição após a eliminação da equipa da Liga dos Campeões, diante do Sevilha. O técnico luso apresentou uma série de dados sobre as últimas épocas dos "red devils" e assegurou que não vai fugir às responsabilidades.
"Os adeptos são os adeptos e têm direito a expressar opiniões, mas existe algo a que eu chamo 'herança do futebol'. A última vez que o United venceu a Champions, o que não aconteceu assim tantas vezes, foi em 2008. Em 2011 chegaram à final e em 2012 saíram na fase de grupos, com um grupo quase igual ao deste ano: Benfica, Basileia e os romenos do Otelul. Em 2013, outra vez fora na fase de grupos, em 2014, fora nos quartos de final. Em 2015, nem sequer foram às competições europeias. Em 2016, regressam, são eliminados na fase de grupos e caem para a Liga Europa, onde são eliminados nos oitavos. Em 2017, ganhamos a Liga Europa, comigo no banco e voltamos à Liga dos Campeões, onde fizemos 15 pontos e acabámos por perder em casa nos oitavos. Portanto, em sete anos, com quatro treinadores diferentes, não se qualificaram para nada num ano, saíram duas vezes na fase de grupos e o melhor que conseguiram foram os quartos de final. Isto é a 'herança do futebol'", começou por assinalar Mourinho, antes de expressar a sua visão sobre o momento que atravessa ao leme do emblema de Manchester:
"Não vou fugir, desaparecer ou chorar só porque ouvi umas vaias. Não vou desaparecer no túnel, a fugir. Vou ser o primeiro a entrar em campo no próximo jogo. Não tenho medo das minhas responsabilidades. Quando tinha 20 anos não era ninguém no futebol, era filho de alguém, de quem tenho muito orgulho, e agora, com 55, sou o que sou pelo trabalho que desenvolvi e à conta do meu talento e mentalidade. Não ganho nada há 10 meses, o último título que venci foi há 10 meses, mas venci Liverpool, Chelsea e agora perdi com o Sevilha. É o momento de eles serem felizes. Aprendi, na minha formação religiosa, que devo ficar feliz com a felicidade dos outros, por isso, assim seja, sou um homem muito feliz", rematou o "Special one".