Afastado da presidência da Federação Francesa de futebol (FFF) devido às polémicas declarações que prestou sobre Zinedine Zidane, Le Graet está a ser alvo de um inquérito que se segue à denúncia apresentada por uma agente de jogadores.
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A agência de notícias AFP revela esta terça-feira que o Ministério Público (MP) de Paris abriu uma investigação contra Noel Le Graet, antigo presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), por suspeitas de assédio moral e sexual.
Depois de Sonia Souid, agente de jogadores, ter denunciado ao jornal L'Équipe que assistiu a comportamentos inapropriados por parte do dirigente, alegou num relatório ter sido vítima de "desprezo sexista", levando o caso a ganhar contornos legais.
Recorde-se que Le Graet foi afastado da presidência da FFF no dia 11 de janeiro, após uma reunião do comité executivo do organismo. Em causa estiveram as polémicas declarações que prestou sobre Zinedine Zidane, técnico que chegou a ser associado ao comando da seleção, antes da renovação até 2026 com o selecionador Didier Deschamps.
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"Se Zidane tentasse falar comigo, nem falaria com ele. O que lhe iria dizer? Provavelmente: Olá senhor, não se incomode, procure outro clube. Acabei de acertar tudo com Didier [Deschamps]. Não me surpreenderia se Zidane fosse para a seleção brasileira. Mas o que ele faz não me diz respeito. Nunca estive com ele, nunca ponderámos não continuar com o Didier [Deschamps]. Se me custaria vê-lo ir para lá [Brasil]? Não me faz diferença", disse Le Graet na altura, motivando uma onda da críticas na comunidade internacional.
O máximo líder do futebol francês, aos 81 anos, foi substituído de forma interina pelo vice Philippe Diallo, que vai estar no cargo até que os resultados da auditoria realizada pelo Ministério dos Desportos a Le Graet sejam conhecidos, o que deverá acontecer no final do mês.
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