Junta médica, composta por 20 peritos, investigou a morte de Maradona e garante que o argentino "começou a morrer, pelo menos, 12 horas antes".
Corpo do artigo
Em novembro do ano passado, o advogado e amigo de Maradona, Matias Morla, partilhou nas redes sociais um comunicado onde questionava os cuidados finais tidos com o astro argentino, ao ponto de afirmar que iria solicitar uma investigação "até às últimas consequências".
Agora a junta médica que fez essa investigação garante que Maradona foi "abandonado à sua própria sorte" pela equipa que o esteve a assistir dias antes de ter falecido.
O site "infobae" teve acesso ao relatório, de 70 páginas, elaborado por 20 peritos e revela que o argentino teve "um tratamento inadequado, deficiente e imprudente". "Começou a morrer pelo menos 12 horas antes" do momento em que foi encontrado.
Apesar de ter sido Maradona a exigir receber alta hospitalar, depois da intervenção ao cérebro, os peritos consideram que El Pibe "não estava no controlo das suas faculdades mentais e, por isso, não podia tomar decisões relativamente à sua saúde e cuidados médicos".
O relatório explica também que os clínicos sabiam que a saída do hospital "podia ser fatal" e, no entanto", foram "indiferentes à sua situação". "Basicamente abandonaram o doente à sua sorte", pode ler-se.
"Maradona começou a morrer pelo menos 12 horas antes, o que significa que ele já estava a mostrar sinais inequívocos de agonia prolongada. Por isso, podemos concluir que o paciente não foi devidamente observado nesse período", diz ainda o relatório.
Recorde-se que a psiquiatra Agustina Cosachov, o neurocirurgião e clínico geral Leopoldo Luque, o psicólogo Carlos Díaz, dois enfermeiros, uma médica coordenadora e um coordenador de enfermeiros estão a ser investigados pela justiça argentina, por negligência médica com os cuidados de Maradona.