Manchester & Paris united: red devils prestes a serem comprados pelo Catar
Os red devils estão prestes a ser propriedade de um xeque do Catar, com eventual partilha da origem do investimento com o PSG. O organismo que rege o futebol europeu permite que dois clubes tenham investidores comuns, embora estejam proibidos de realizar transferências de jogadores entre si até setembro de 2024.
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A corrida para a compra do Manchester United pode estar prestes a terminar, e com um vencedor que inevitavelmente irá causar mudanças, não só no futebol inglês, mas também a nível europeu e mundial. De acordo com a Imprensa inglesa, o xeque catari bin Hamad Al Thani, cuja proposta (na ordem dos 6,5 mil milhões de euros) é referente a 100 por cento do clube, assumiu a dianteira em relação ao bilionário britânico Jim Ratcliffe e estará perto de se tornar no novo proprietário dos red devils.
Al Thani, de 41 anos, é membro da família real do Catar, sendo daí provenientes os fundos para a compra do Manchester United - ainda que oficialmente a proposta tenha sido feita através da recém-criada Nine Two UK Holdings (alusão à famosa geração de 1992 do clube). O mesmo acontece com o Paris Saint-Germain, oficialmente detido pela Qatar Sports Investments, de Nasser Al-Khelaifi, também ela uma empresa subsidiária da família real catari.
Se até há pouco tempo existia alguma preocupação em relação a esta questão, nomeadamente sobre a legalidade e a legitimidade para emblemas que lutam pelos mesmos objetivos (no caso, a disputa da Liga dos Campeões) possuírem os mesmos proprietários ou acionistas maioritários, esta foi dissipada com o comunicado emitido na última sexta-feira pela UEFA. No documento, o organismo que rege o futebol europeu esclareceu que os clubes nessas circunstâncias podem competir na mesma prova, desde que cumpram certas condições.
A mais premente prende-se com as transferências de jogadores, sendo a título definitivo ou por empréstimo. De acordo com as normas instituídas pela UEFA, os clubes que partilhem os mesmos investidores não poderão transferir jogadores entre si, direta ou indiretamente, até setembro de 2024, ou seja, nas próximas três janelas de transferências (a contar já com a atual). A entidade presidida por Aleksander Ceferin proíbe ainda os clubes de celebrar qualquer tipo de cooperação e acordos técnicos ou comerciais conjuntos, bem como partilhar observadores ou bases de dados de jogadores.
Esta limitação da UEFA impede, por exemplo, que Mbappé se mude para Old Trafford neste verão, rumor que começava a ganhar força nos bastidores do United, caso a oferta de Al Thani seja aceite. De qualquer forma, a possibilidade de ser do xeque catari a oferta escolhida pelos irmãos Glazer, enche de júbilo os adeptos dos red devils, que acreditam poder ver o clube a regressar à glória de outrora, fruto do investimento prometido por Al Thani - que vai do reforço do plantel à renovação e melhoria das condições do estádio e zonas circundantes. Além disso, significaria o adeus definitivo dos irmãos Glazer, ao contrário do que acontece se for Jim Radcliffe o escolhido: nesse caso, os atuais proprietários continuariam a deter uma parte das ações, ainda que de forma minoritária.
Primeira polémica foi em 2012 com a Gazprom
O tema da propriedade/investimento em múltiplos clubes por uma entidade já não é novo, tendo entrado na agenda mediática em 2012, quando a UEFA celebrou uma parceria comercial com a Gazprom. Por essa altura, o gigante energético russo já patrocinava o Zenit há sete anos e o Schalke 04 há seis, estando também ligado ao Chelsea de Roman Abramovich.