Luís Freire: "Foi não desistir até conseguir furar o bloco. Mora? É feliz com a bola nos pés"
Declarações do selecionador de sub-21 após o Portugal-Bulgária (3-0) da fase de qualificação para o Europeu
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Análise do jogo, com golos só na segunda parte: "Foi não desistir até conseguirmos furar o bloco baixo da Bulgária, que entrou com energia, a fechar muito os espaços. Tínhamos de encontrar espaço ou por dentro ou por fora, circular rápido a bola. Tivemos uma ocasião logo aos dois, três minutos em que a bola bate no poste e podia ter ajudado a desbloquear o jogo, porque fazíamos o 1-0 e a postura da Bulgária seria outra. Essa bola não entrou, não entraram algumas na primeira parte. Criámos várias oportunidades, mas a bola nunca entrou. O 0-0 peca ao intervalo por escasso para nós, mas dissemos isso aos jogadores. Tínhamos de ser mais agressivos nos posicionamentos, mais fortes a chegar à área, porque o golo poderia aparecer, como acabou por aparecer. A partir daí, o jogo tornou-se cada vez mais fácil, porque a Bulgária acabou por ceder. O momento-chave acaba por ser o golo que desbloqueia, mas vem dessa persistência, dessa insistência."
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Satisfeito com a exibição e o resultado: "Não posso pedir mais porque sinto que os jogadores estão a esforçar-se muito. Na Seleção, trabalha-se aqui muito pouco tempo. Eles vêm de clubes, alguns a jogar mais, outros menos, vêm todos de sítios diferentes, juntamo-los quatro ou cinco dias e eles tentam ter a melhor atitude possível e representar Portugal com o máximo orgulho. Estou feliz, estamos no bom caminho, são três jogos e três vitórias, são jogos bem conseguidos, com muitas oportunidades, muitos remates e praticamente nada consentido, o que é fruto das relações que vão criando e da atitude que eles têm nos jogos."
Sobre Rodrigo Mora, autor do 1-0: "O Rodrigo [Mora] tem muito talento, é um jogador feliz com a bola nos pés, tem qualidade e consegue exprimi-la. Aqui vai tendo também este espaço, tem tido jogo nos sub-21 e acaba por mostrar a sua qualidade. Esse reflexo dos três golos [de Rodrigo Mora] em três jogos [na qualificação] é trabalho da equipa, não é só dele. A equipa estar bem ajuda a que as individualidades apareçam. Hoje houve várias acima da média, o Mora foi uma delas".