Novo selecionador terá à sua disposição vasto leque de jogadores com quem já conquistou títulos nas camadas jovens
Corpo do artigo
Foi apresentado como treinador do FC Porto a 6 de maio de 2014 e prometia honrar o passado azul e branco. A vida não lhe correu pelo melhor de dragão ao peito e Julen Lopetegui acabaria por despir a camisola azul e branca a 7 de janeiro de 2016. Esta quinta feira, 21 de junho, assume o cargo de selecionador espanhol.
O trajeto como selecionador, mas das camadas jovens, era, de resto, o cartão de visita do treinador basco quando chegou ao Dragão. Em 39 jogos oficiais em Europeus e Mundiais, como líder dos sub-19 e sub-21 espanhóis, tinha 32 vitórias e apenas uma derrota, que acontecera já no prolongamento. Na bagagem trazia dois títulos europeus, em 2012, com os sub-19, e no ano seguinte com os sub-21.
Lopetegui, de resto, pode agora encontrar vários dos jogadores com que ganhou esses troféus. David De Gea, Marc Bartra, Koke, Thiago Alcantara, Tello, Morata, Isco, Rodrigo, Carvajal, Grimaldo, Jesé ou Óliver, muitos deles já com provas dadas na atual seleção espanhola. É de assumir, pois, que a Federação Espanhola poderá querer reunir um grupo vencedor numa fase de renovação da seleção e nada melhor que o treinador que já sabe como vencer com esses mesmos jogadores.
Antes de abraçar o projeto de selecionador das camadas jovens espanholas, tinha treinado apenas dois clubes, o Rayo Vallecano, no qual tinha encerrado a carreira de jogador, e o Real Madrid Castilla. No regresso a Espanha e logo com um cargo tão alto, espera-lhe uma herança bem pesada, suceder a Luís Aragonés e Vicente Del Bosque, os homens que deram a Espanha "apenas" dois títulos europeus e um Campeonato do Mundo.