A dupla foi afastada do clube devido a ter feito "comentários racistas" sobre colegas de equipa, sendo que o jornal Bild avança que, desta vez, a vítima desses insultos foi o defesa francês El Chadaille Bitshiabu
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O Leipzig, atual quarto classificado da Bundesliga, confirmou esta sexta-feira que despediu dois jogadores da equipa de sub-19 por terem feito comentários racistas sobre outros colegas, num comportamento considerado “antidesportivo e inaceitável” pelo clube.
“O RB Leipzig opõe-se firme e resolutamente às tendências racistas, anticonstitucionais e xenófobas e a outros comportamentos discriminatórios ou desumanos e está particularmente empenhado no princípio do fair play, na luta contra o racismo e a xenofobia e no apoio à integração dos jovens estrangeiros, tanto em termos desportivos como sociais. O comportamento descrito não o foi e não é aceite nem tolerado”, pode ler-se num comunicado.
De acordo com o jornal Bild, a dupla já tinha feito comentários racistas ou xenófobos dentro do centro de treinos do clube no passado, sendo que desta vez o alvo desses insultos foi o defesa francês El Chadaille Bitshiabu, de apenas 18 anos, que chegou ao Leipzig no verão passado, proveniente do PSG.
Os insultos a Bitshiabu, que surgiram na mesma semana em que o emblema alemão realizou um workshop antirracismo, terão sido acerca da sua cor de pele e incluíram a repetição da palavra “nigger”, considerada um insulto racial em inglês.
O momento foi captado por vários colegas de equipa e discutido internamente, levando a várias denúncias junto da direção da academia, que expulsou imediatamente os jogadores responsáveis após ter sido informada do caso.
Este episódio surge dias depois de Marco Rose, treinador da equipa principal do Leipzig, ter tomado uma posição clara contra a extrema-direita.
"Penso que é muito importante lutar contra a estupidez e o extremismo de direita, sob qualquer forma. Acho que é bom que as pessoas estejam a fazer isso, que estejam claramente a hastear a bandeira e a sair para as ruas", apontou.