Ex-futebolista nórdico discordou amplamente da responsabilidade atribuída pelo organismo aos jogadores das duas seleções para voltarem a jogar após o incidente com Eriksen
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Michael Laudrup, antigo e célebre futebolista dinamarquês, defendeu que a UEFA deveria ter decidido, de forma unilateral, adiar o jogo entre a Dinamarca e a Finlândia, relativo ao Europeu, em função do problema de saúde sofrido por Eriksen no relvado.
"Jogar depois de semelhante susto? Sinto muito, mas isto não é uma eleição. Não se pode tomar uma decisão tão próxima de um momento emocional tão grande. A UEFA devia ter dito: "claro que não jogaremos esta noite". Penso que esteve mal nisso", afirmou, em tom crítico, Laudrup.
Enquanto Eriksen já estava num hospital local a ser cuidado, a UEFA atribuiu a decisão final de retomar ou adiar o desafio do grupo B, ganho pelos finlandeses (1-0), aos próprios jogadores das duas seleções, mas Laudrup discordou dessa abordagem do organismo.
"Dão-lhes uma opção que não é opção. É incrível que os jogadores tenham apoiado essa opção com os sentimentos e as emoções que estavam a viver naquele momento", lamentou o ex-futebolista de Real Madrid, Barcelona, Juventus e Ajax.
O jogo disputado entre a Dinamarca e a Finlândia, realizado no último sábado, ficou marcado pela queda inanimada de Eriksen aos 43 minutos, no Estádio Parken, necessitando de pronta intervenção das equipas médicas e ações de reanimação.
O embate que opôs as seleções nórdicas foi retomado cerca de duas horas depois - o público não arredou pé das bancadas -, assim que os médicos conseguiram, já no hospital, estabilizar e colocar a salvo o médio dinamarquês do Inter de Milão.