
Joan Laporta (Créditos: AFP)
Presidente do Barcelona defendeu que o clube comunicou a indisponibilidade do jovem extremo para a seleção espanhola "com tempo suficiente" e reagiu também à visita surpresa que Lionel Messi fez ao Camp Nou
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Joan Laporta, presidente do Barcelona, reagiu esta quarta-feira à polémica da desconvocação de Lamine Yamal da seleção de Espanha neste pausa internacional, depois de o jovem extremo "blaugrana" ter sido submetido pelo seu clube a um tratamento invasivo a uma pubalgia, na segunda-feira, que exige várias dias de descanso.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) expressou a sua "surpresa e mal-estar" por não ter sido informada mais cedo desse procedimento e o Barcelona respondeu dizendo que este tratamento a Yamal só foi decidido precisamente na segunda-feira, após uma consulta com um reconhecido médico especialista, e que o staff médico dos "culés" informou "imediatamente" a RFEF sobre o mesmo.
Questionado sobre o assunto esta quarta-feira, Laporta negou ter existido qualquer motivo para polémica, garantindo que a única prioridade do Barça é a recuperação total e mais rápida possível de Yamal.
"Nós notificámos a RFEF no momento em que o doutor nos disse que ele [Yamal] tinha de fazer o tratamento e um repouso de dez dias. Os nossos médicos comunicaram à Federação com tempo suficiente. Não entramos em polémicas. Nós tentamos curar os nossos jogadores ao ritmo que nos interessa. O jogador pertence ao Barça e queremos tê-lo à disposição. Creio que não prejudicámos a seleção porque eles têm a qualificação [para o Mundial'2026] bem encarrilada e a prioridade é que Lamine possa jogar sem problemas físicos. Já estava previsto que viesse um médico na segunda-feira, ele fez uma exploração e um tratamento. Assim se fez porque era o que o jogador necessitava", apontou, não se mostrando nada preocupado com a vida extracampo do jovem extremo espanhol, de 18 anos.
"Lamine é muito maduro para a idade que tem. O seu estilo de vida não me preocupa. Ele tem 18 anos e deve ser protegido, tanto por nós como pelo seu entorno. É muito maduro porque viveu muito e só posso dizer que ele é um grande profissional. Teve problemas com a pubalgia e tem mérito por continuar a jogar enquanto recebe tratamento. É um génio e deve evoluir desportivamente, algo a que os técnicos têm ajudado. Ainda não chegou ao ponto máximo da sua evolução, mas já é o melhor do mundo na sua posição e é uma honra tê-lo no Barcelona", apontou, num discurso cheio de elogios.
De resto, o presidente do Barcelona também comentou a visita surpresa que Lionel Messi fez a Camp Nou na noite de domingo, admitindo que continua a querer homenagear "La Pulga". Ainda assim, descartou um regresso do astro argentino, de 38 anos, aos "blaugrana", enquanto jogador.
"[Camp Nou] É a sua casa. Quando me disseram como foi, pareceu-me um impulso simpático, espontâneo e um ato de barcelonismo. Também gostaria que se levasse a cabo uma homenagem ao melhor jogador da história. Consta-me que ele também gostaria. Não me arrependo de nada [sobre a sua saída, em 2021], o Barça está acima de todos. Não fomos como todos queríamos, mas nesse momento [a continuidade de Messi] não se pôde dar. Não é realista falar de um regresso de Messi como jogador", sentenciou.
