Lamine Yamal, extremo do Barcelona de 17 anos, falou à UEFA em antevisão ao jogo com o Benfica, da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. O jogo está marcado para as 20h00 de quarta-feira, no Estádio da Luz
Corpo do artigo
Diverte-se mais em campo: "Mudei muito. Agora estou mais confiante e faço mais coisas do que fazia antes. Antes, jogava mais fácil, fazia o que tinha de fazer em cada momento. Agora tento divertir-me mais, inspirar-me e fazer o que me apetece em cada momento. Acho que jogo com mais confiança. O essencial é fazer o melhor para a equipa e para mim. Não sou um jogador que olhe muito para os números, jogo para me divertir e para que as pessoas se divirtam. Não olho para o facto de alguém ter mais ou menos do que eu."
Ser reconhecido em todo o lado: "É diferente. Todos os sítios onde vou agora, todas as pessoas que conheço... sei que sabem quem eu sou. Antes podia viajar normalmente de avião e agora é muito complicado passar pelo aeroporto. É algo de que me orgulho, mas ao mesmo tempo também é difícil porque não tenho uma vida normal. Não posso ir passear com o meu irmão ou com a minha mãe para beber um copo. A fama dá-nos coisas boas e coisas más."
Venceu o Euro'2024 com Espanha: "Antes era uma criança, mas desde que ganhei o Euro tudo é diferente. Já não pareço uma criança, estou mais confiante. Quando se ganha um título, todos os jogadores dão mais um passo em frente, e isso nota-se. Lembro-me de alguns momentos do golo contra a França. Vi a bola bater no poste e foi um golo. Lembro-me dos festejos e que a minha mãe estava a chorar nas bancadas."
Sobre Hansi Flick, treinador do Barcelona: "É uma pessoa muito simpática, podemos falar com ele. Ele pergunta-nos como estamos, ensina-nos muito, eu aprendi muito com ele. E isso faz com que seja respeitado como treinador e como pessoa. É assim que o vemos, ele é rigoroso, mas ao mesmo tempo sabe compreender o que cada jogador precisa num determinado momento. Quando se trata de conceitos defensivos, ele pede-me algumas coisas, mas na parte ofensiva não me diz muito, apenas que eu goste e pronto. É essa a confiança que ele nos dá."
Disputar a Liga dos Campeões e o Mundial de seleções: "Há duas competições em que, se marcarmos um golo, ficamos muito mais felizes do que nas outras, e são a Liga dos Campeões e o Campeonato do Mundo. São as duas competições mais importantes. Quando se toca o hino da Liga dos Campeões, toda a gente fica arrepiada. Marquei contra o Mónaco e contra a Atalanta, e nunca tinha tido essa sensação, apenas no Euro, com o golo contra a França."