Klopp: "Pior palestra de sempre? Falei do Rocky e do Drago e fiquei envergonhado"
Rocy Balboa e Ivan Drago foram protagonistas numa palestra antes de um Dortmund-Bayern, mas as coisas não correram muito bem.
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Numa entrevista ao The Players Tribune, Jurgen Klopp, atual treinador do Liverpool e vencedor do prémio de Treinador do Ano da FIFA, recordou um jogo decisivo entre o Borussia Dortmund e o Bayern e, em especial, a palestra que antecedeu a partida e que deixou o alemão "envergonhado".
O técnico, 52 anos, recorreu ao "Rocky IV" para tentar motivar os jogadores do Dortmund, mas o efeito não foi o esperado.
"Este episódio aconteceu em 2011 na noite que antecedeu um jogo importantíssimo entre o Dortmund e o Bayern. Não ganhávamos em Munique há uns 20 anos. Reuni todos os jogadores no hotel, as luzes estavam apagadas e comecei a mostrar cenas do Rocky IV. Aquele com o Ivan Drago, em que há dezenas de centistas a estudá-lo com computadores e tecnologia. Então eu disse 'Estão a ver? O Bayern é o Ivan Drago. O melhor de todos. Com a melhor tecnologia, as melhores máquinas. É imparável!' Depois aparece o Rocky Balboa a correr na Sibéria, a cortar troncos e a levá-los para o topo da montanha. 'Nós somos o Rocky. Mais pequenos, mas com muita paixão. Temos o coração de um campeão. Podemos fazer o impossível', disse-lhes eu."
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"Continuei a falar e em certa altura olhei para eles. Esperava que estivessem todos de pé com vontade de correr numa montanha da Sibéria. Mas estavam ali sentados, a olhar para mim sem reação. Deviam estar a pensar 'O que é que este maluco está a dizer?'. Foi então que percebi que o filme é de 1980 e perguntei quantos deles conheciam o Rocky. Apenas dois levantaram a mão: o Sebastian Kehl e o Patrick Owomoyela", continuou.
Klopp reconhece que as coisas não correram como esperava e chegou mesmo a sentir-se envergonhado. "Todo o meu discurso foi um disparate. Era o jogo mais importante da vida de muitos daqueles jogadores e eu ali a falar de tecnologia e da Sibéria. Tive de começar de novo a palestra. Às vezes envergonhámo-nos, pensámos que é o melhor discurso da história do futebol e acaba por não surtir efeito", finalizou o alemão.