Polícia italiana tem em marcha uma ação que visa desmantelar rede criminosa que chantageava o clube com recurso a cânticos racistas.
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A polícia italiana anunciou, esta segunda-feira, a detenção de 12 elementos da cúpula de algumas claques da Juventus, na sequência de uma denúncia do próprio clube. Os detidos estão a ser ouvidos por suspeitas de associação criminosa, extorsão agravada e violência privada, entre outros crimes.
"Encontrámos provas de que muitas coisas eram obtidas através de violência, caso contrário, a retaliação contra o clube consistia em cânticos racistas, dos quais resultavam na interdição do estádio e multas elevadas", explicou a procuradora Patrizia Caputo.
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"A colaboração do clube que teve a coragem de fazer a denúncia foi importante. Mas, os prejudicados são também os adeptos, vítimas de intimidação, forçados a deixar de ir ao estádio por já não suportarem o assédio, o ambiente, os slogans racistas", acrescentou a procuradora.
O esquema criminoso terá sido posto em marcha depois de, em 2017/18, a Juventus ter cortado o apoio às claques.