Declarações de Bruno Fernandes, médio da Seleção Nacional, na antevisão ao jogo contra a Eslovénia, às 20h00 de segunda-feira, para os oitavos de final do Europeu
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Qualidade demonstrada no Europeu: "Não gosto de tocar neste ponto porque hoje fala-se muito em estatística. Em todos os aspetos estatísticos com bola, somos das seleções melhores. Uma das seleções com mais remates, chegadas ao último terço, maior capacidade de construir jogo ofensivo. Não acho que seja jogar mal. Acho que temos sido mais respeitados do que fomos nos últimos anos, relativamente a algumas equipas que têm jogado com blocos mais baixos contra nós. E isso pode tornar esse aspeto negativo. Temos vindo a jogar bom futebol e demonstrámos isso na qualificação. Digo que o jogo com a Chéquia foi mais bem conseguido do que o jogo com a Turquia e o resultado não demonstra isso, com a Turquia deixámos o jogo aberto e permitimos que o jogo se tornasse um bocadinho assim. Contra a Chéquia, houve muito mérito nosso em mantê-los tão atrás que não criaram quase nada. Queremos sempre melhorar, jogar melhor, marcar mais golos, não sofrer e tornar o nosso jogo atrativo para que o povo goste de nos ver jogar".
Roberto Martínez e as mudanças no sistema: "Já estamos com ele há muito tempo, já usámos vários sistemas, mas a ideia é a mesma, não muda muito. Toda a gente na Seleção está habituada a jogar a um nível muito alto, mas isso é bom porque também muda a maneira como os adversários olham para nós, podem preparar-se de uma maneira e nós aparecemos de outra. Até agora, toda a gente está a fazer muito bem o que o mister tem pedido, mesmo que o sistema vá mudando de jogo para jogo ou até dentro do mesmo jogo".
Dois ou três centrais contra a Eslovénia? "Isso tem de ser perguntado ao selecionador, não a mim. A equipa técnica passa horas e dias a ver os vídeos e a estudar os adversários, os jogadores acreditam em tudo o que é transmitido".
Falhou particular de março, ganho pela Eslovénia: "Não joguei mas vi o jogo e falámos sobre isso nestes dias, naturalmente. A Eslovénia jogou bem, ganhou e tentámos perceber o que podemos fazer de diferente para levar a melhor. Têm dois jogadores à frente que combinam muito bem, podem ser muito perigosos. São fortes com bola, não têm medo de a ter e defendem bem. São das equipas com melhores dados a nível defensivo e têm um dos melhores guarda-redes do mundo. Esperamos conseguir marcar amanhã".
Melhorar é palavra de ordem: "Todos nós podemos fazer melhor, todos podemos dar sempre mais. São duas equipas com boas individualidades, que podem fazer a diferença em cada jogo. Confiamos em todos os jogadores que jogaram naquele jogo e ninguém me diz que o resultado seria diferente caso fossem outros jogadores em campo. Sabemos o que temos de fazer".