"Jogar na liga saudita é algo realmente desafiante, por tudo o que está envolvido"
ENTREVISTA >> Ex-médio do FC Porto e Vitória, Tozé reconhece atração pelo foco mediático da Arábia Saudita, satisfeito por entrar num universo de craques internacionais.E não esconde ambições aos 30 anos.
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Tozé trocou um dos melhores clubes dos Emirados Árabes pela experiência de fazer parte da liga das estrelas mundiais, na Arábia Saudita, abraçando convite do Al-Hazm, de Filipe Gouveia.
Acaba de trocar o Al Nasr dos Emirados, onde esteve quatro épocas, pelo Al-Hazm, da Arábia Saudita. É um apelo fortíssimo jogar nessa Liga?
-É uma mudança que surge de forma natural. Jogar na liga saudita, neste momento, é algo realmente desafiante, por tudo o que está envolvido. Penso que já era uma competição suficientemente competitiva e atrativa e percebemos que vai ser ainda mais, com tantos jogadores a chegarem vindos dos grandes clubes europeus. Trazem consigo um enorme foco mediático. Senti que tinha mesmo de agarrar este desafio. Estou muito motivado para começar a época, ainda mais contando com um treinador português.
E que balanço destes anos passados longe de casa, se foram proveitosos o suficiente relativamente a uma carreira na Europa, ao ponto até de justificarem esta recente aposta?
-Faço um balanço muito positivo, penso que foi um passo certo na minha carreira. Sinceramente, não podia ter tomado melhor decisão. Sinto-me feliz e realizado com a escolha e não partilho a opinião de que a visibilidade na Europa tenha reduzido. A prova disso é que, felizmente, fui recebendo várias propostas de clubes europeus. Acho que o meu trabalho no Dubai aumentou a cotação do meu nome tanto no Médio Oriente como Europa. Estou feliz por partir para a quinta época na região.
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Quanto à marca deixada nos Emirados, como a classifica?
-Vivi uma experiência fantástica pelo lado profissional mas também no aspeto mais pessoal. Fiz 37 golos, 20 assistências e nos últimos quatro anos posso orgulhar-me de ter jogado três finais e ganho uma Taça da Liga. Estou profundamente feliz pela passagem pelo Al Nasr, sabendo que não é tão comum um jogador vindo da Europa ficar tanto tempo num clube. Sinto-me privilegiado por ter representado o Al Nasr e ter sido capitão de um clube desta dimensão. Enche-me de orgulho!
Aos 30 anos, como avalia as ambições que acompanham esta etapa da carreira?
-A ambição não podia ser mais elevada, comum a todo o meu trajeto. A liga saudita será muito interessante para mim, e trata-se de um palco onde muitos gostariam de estar e jogar. Quero aproveitar esta oportunidade, sinto que ainda sou jovem. Aspiro uma época boa com bons números e boas exibições. Tudo vou fazer para ajudar o Al-Hazm a consolidar o seu lugar na primeira divisão.
Depois de ter jogado pelo FC Porto, Estoril, Moreirense e Vitória, planeia um regresso a Portugal?
-Um regresso passa claramente pela cabeça, está presente muitas vezes nos meus pensamentos. Mas não neste exato momento!
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