Jogador brasileiro não compreende decisão do Shakhtar: "Esperava que não nos fizessem voltar"
Aquando do escalar do conflito entre Ucrânia e Rússia, o Shakhtar Donetsk estava a realizar um estágio (campeonato estava interrompido) na Turquia. Apercebendo-se da situação, os jogadores não quiseram voltar a Kiev, mas o clube decidiu manter o plano. Pouco depois, a guerra começou.
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Antes do início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Shakhtar Donetsk fez um estágio em Belek, na Turquia, e a equipa já mostrava preocupação pelas notícias que chegavam do país. Ainda assim, o clube ucraniano decidiu regressar a Kiev, o que deixou os jogadores desagrados, contou o médio brasileiro Marcos Antônio.
"Eu esperava que o Shakhtar ajudasse mais. Que não nos fizesse voltar para a Ucrânia, entendem? Víamos as notícias e percebíamos que a guerra ia acontecer. Tivemos uma reunião, discutimos o assunto, mas o clube disse sempre que não ia acontecer nada e que era tranquilo voltarmos. Mas estava claro que ia acontecer. Eu esperava não voltar à Ucrânia, ficar na Turquia ou ir para o Brasil. Acabámos por voltar e quatro dias depois a guerra começou", explicou o futebolista, em conversa com o GloboEsporte.
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Em relação ao futuro no Shakhtar, Marcos Antônio diz que não há decisão, mas que espera não ter de voltar.
"Ainda não há uma decisão tomada. Eles [clube] pagaram um mês de salário e agora é esperar por algo que seja bom para eles e para nós. Não é o momento para cometer loucuras. É preciso conversar, chegar a um acordo. Os nossos empresários vão conversar com o Shakhtar nos próximos tempos e veremos o que acontece. Agora é momento para orar e torcer para que tudo acabe. Mas pelo que passei lá, pelo que vivi nos últimos dias, espero não voltar", admitiu.
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