Atleta neerlandês do clube campeão da Bélgica está obrigado a visitar um local que evoca e representa o genocídio de judeus na década 40. Caso não o faça, será suspenso por dois jogos
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Noa Lang, avançado neerlandês do Brugge, foi obrigado pela Associação de Futebol dos Países Baixos (KNVB) a visitar, dentro de três meses, o Museu do Holocausto e dos Direitos Humanos, em Mechelen, como castigo por ter entoado cânticos antissemitas.
O conselho disciplinar da KNVB, que supervisiona as competições, os clubes e os futebolistas originários dos Países Baixos, concluiu que o atacante ofendeu, em maio passado, a comunidade judaica, cujos antepassados foram vítimas de genocídio na década de 40.
"Prefiro estar morto do que ser judeu", pronunciou então o avançado belga em voz bem alta, juntamente com adeptos do primodivisionário belga Brugge, após o empate a três golos ante o rival Anderlecht, em jogo do playoff de campeão da I Liga da Bélgica (marcou aos 57').
O órgão de disciplina da KNVB, no entanto, considerou ainda que o comportamento de Lang, que garantiu, em sua defesa, não querer ofender os judeus, não foi feito com o intuito de discriminação racial, pelo que lhe aplicou uma sanção extradesportiva.
Todavia, esse tipo de castigo poderá ser definido ao avançado belga do Brugge caso este não visite, até dia 1 de outubro, o Museu do Holocausto e dos Direitos Humanos, em Mechelen. Dessa forma, Lang será suspenso por dois jogos, segundo a KNVB.