"João Félix? É o mais caro do Atlético. Se lhe forem impostas muitas regras..."
Gelson Martins reconhece, em entrevista a O JOGO, que houve falta de "química" com Diego Simeone no Atlético.
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Após a rescisão com o Sporting, Gelson Martins seguiu para o Atlético Madrid. A experiência não foi nada positiva: 12 jogos e um golo em praticamente meia temporada - números a que o jogador já não estava habituado.
A passagem pelo Atlético Madrid não lhe deixa boas recordações. O que falhou?
-Não correu bem pelo simples facto de que não casei com o treinador. Não tivemos química. Era difícil. Não fui apenas eu. Houve muitos jogadores no Atlético Madrid com as minhas características, com a minha técnica, o meu estilo de jogo, que não se deram com aquele treinador [Diego Simeone]. Era um treinador muito difícil, com ideias complicadas. Gostei de estar no Atlético Madrid, gostei dos adeptos e tenho pena de não ter jogado mais.
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Quando se queixa do estilo de jogo do Simeone, refere-se à grande importância que ele dá à vertente física?
-Não apenas a questão da vertente física. Quando se pretende mudar muita coisa num jogador que tem determinadas características é complicado. Sou um jogador que necessita de ter alguma liberdade em campo e quando tentam prender-me as coisas não correm muito bem.
"Necessito de ter liberdade e quando me prendem não corre bem"
Terá sido esse o problema do Gaitán, por exemplo?
-Sim, sim. Mas há outros com o mesmo estilo de jogo que não tiveram sucesso. Sendo um jogador de ataque, de corredor lateral, é difícil entrar ali e estar num bom nível.
João Félix também terá vida difícil?
-Acho que não. Aliás, não são situações similares. O João Félix chegou num enquadramento diferente. É o mais caro da história do clube... O treinador tem o deixar à vontade e não limitar a sua intervenção. Se lhe forem impostas muitas regras, não vai correr bem. Tenho a certeza que se o deixarem à vontade, o João terá grande sucesso no Atlético.
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