João Camacho, da Turquia a Nacional, Moreirense e Rui Borges: "Percebe muito bem os jogadores"
Camacho feliz na Turquia sem esquecer o seu Nacional, também o Moreirense, e um técnico especial: Rui Borges
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Com marca deixada no Nacional e no Moreirense, e passagem muito novo pelo Celta B, João Camacho procurou a sorte fora do país e vai-se sentindo realizado na sua aventura no Karagumruk, tendo subido na primeira época com grande e preponderante utilização, estando, agora, a jogar a Super Liga Turca. Depois de cinco golos e três assistências, o madeirense ainda não conseguiu deixar um brilho semelhante na divisão maior, porém, desfrutando da prova.
"Sim, estou muito satisfeito, tudo é desafiante, a começar pela Liga, que é muito exigente, contando com diversos jogadores de enorme qualidade. Há clubes e equipas de orçamentos gigantes e sentem-se diferenças. Conseguimos a subida que era um grande objetivo e, este ano, será um trabalho forte pela manutenção. Temos de lutar em todos os jogos pelo máximo de pontos possível", garante João Camacho, de 31 anos, já como peixe na água no ritmo de transições diabólicas do futebol turco. "É verdade! É um futebol muito mais partido, mas que se enquadra no meu estilo de jogo. Adaptei-me bem e toda a gente gosta de mim", valoriza o avançado, também marcado por muitos reencontros com velhos conhecidos.
"Praticamente, em todos os encontros, sempre me cruzo com portugueses ou jogadores que passaram pelo nosso país. É bom meter a conversa em dia e trocar ideias. Estou focado em fazer melhor que na época passada e ajudar a equipa nos seus objetivos", aclara, atualmente com quatro jogos feitos na temporada, projetando o futuro na Turquia. "Gostava de continuar cá, porque é um campeonato atrativo mas também conta o contexto familiar. Tenho de pensar bem, porque vem aí o segundo filho e não é fácil vê-los crescer, sem estarmos presentes", declara o extremo, atento às campanhas dos clubes que lhe são especiais.
"Estou sempre ligado ao que faz o Nacional, tento ver os jogos todos, porque é o clube do meu coração. O Moreirense foi marcante para mim, onde fui bem acolhido, fizemos grandes épocas, mas a relação com o Nacional é de outro tipo. Penso que estão ambos a ter ótimos desempenhos e dão sinais que vão conseguir a permanência tranquilamente", elogia João Camacho, não passando ao lado do sucesso de Rui Borges, que o treinou nos insulares e nos cónegos.
"Acho que está a fazer um bom trabalho, entrou a meio da época e foi campeão no Sporting. Fico feliz por ele como pessoa e treinador, pois tem muitas competências. Com ele tive duas grandes épocas, retirou o máximo proveito da minha forma de jogar. É alguém que percebe muito bem os jogadores dentro e fora do campo. Isso é muito importante", realça.