O antigo vice-presidente da FIFA Jack Warner foi detido em Trinidad e Tobago na quarta-feira, horas depois de a justiça norte-americana ter alegado que ele aceitou subornos no âmbito dos mundiais de futebol de 1998 e 2010.
Corpo do artigo
O nome de Jack Warner constava numa lista de nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA que "abusaram dos seus cargos de confiança para obter milhões de dólares em subornos", disse a procuradora-geral Loretta Lynch, em Nova Iorque.
Jack Warner, de 72 anos, declarou a sua inocência no Facebook, mas mais tarde entregou-se às autoridades na sua nativa Trinidad e Tobago, tendo sido presente a tribunal em Porto of Spain, antes de um juiz estabelecer a sua fiança em 394.000 dólares, segundo a imprensa local.
Não foi possível apurar se Warner passou a noite na prisão, segundo o Trinidad Express.
"O Sr. Warner tem direito a um processo de extradição justo e tanto o Estado requerente como o requerido têm a intenção de respeitar as disposições do tratado para assegurar que os direitos do Sr. Warner são respeitados", disse o procurador-geral de Trinidad e Tobago em comunicado.
As autoridades dos EUA dizem que Warner usou o seu poder nos mais altos níveis da administração do futebol, desde o início de 1990 para ganho pessoal.
"Entre outras coisas, Warner começou a solicitar e aceitar subornos em conexão com seus deveres oficiais, incluindo a seleção do país anfitrião para os mundiais de futebol, realizados em 1998 (França) e 2010 (África do Sul), nos quais participou como membro da comissão executiva da FIFA", refere a acusação.