"Já sabia o que fazer para Di María não estar à vontade", conta Pedro Rebocho
Como lateral-esquerdo, Pedro Rebocho secou o astro argentino do PSG, a alinhar como ala-direito numa das equipas do planeta com mais dinheiro, mas não o suficiente para eliminar o Guigamp da Taça da Liga
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Em 2009, quando Pedro Rebocho chegou aos iniciados do Benfica, assistia deslumbrado aos pormenores técnicos de Di María, uma das grandes figuras do plantel das águias. Observações que lhe permitiram reter os conhecimentos suficientes para agora conseguir anulá-lo em campo. O confronto entre ambos ocorreu na quarta-feira, dia histórico para o Guingamp, que foi ganhar 2-1 ao Parque dos Príncipes, eliminando o poderoso emblema de Paris da Taça da Liga de França. "Do PSG, foi o Di María a cair mais vezes na minha zona de ação. O que já conhecia dele foi-me útil, claro. Conhecendo-lhe os pontos fortes já sabia o que fazer para ele não estar à vontade", contou o antigo lateral-esquerdo das águias, no Guingamp desde 2017/18.
"Esta vitória foi uma questão de estratégia, que foi muito bem conseguida. Jogámos com bloco baixo e ao mesmo tempo jogámos com o tempo", assinalou, sobre a vitória que apurou o Guingamp para as meias-finais, onde vai defrontar o Mónaco. "Agora somos a equipa com menor nome e estamos mal na liga, por isso somos os "outsiders". Mas isso vale o que vale, como ainda agora provámos", diz, em relação à Taça da Liga.
Quanto à I Liga, o Guingamp é último da tabela, mas para Rebocho esta vitória pode ser o estímulo que faltava: "Pode ser um bom impulso para conseguirmos pontos. Quando se ganha, o ambiente no balneário é diferente, há mais sorrisos e a confiança aumenta. E depois as coisas nos jogos começam a sair de forma diferente."
Rebocho tem dado nas vistas em França, mas garante que ainda não tem propostas em mãos
Com um total de 69 internacionalizações nas seleções jovens de Portugal, Rebocho ainda não se estreou na equipa principal das Quinas. Esse é, no entanto, um dos principais objetivos que neste momento tem. "É uma meta que tenho em mente e que me motiva a ser cada vez melhor. É um espaço onde quero vir a estar. Todos gostam de lá estar, de jogar pelo seu país, eu andei lá desde os 16 anos e agora é de novo um dos meus objetivos principais. Mas é complicado, claro, devido à concorrência que tenho, e vai depender do que fizer a nível de clube. Estou cá para mostrar o que valho, para mostrar que mereço uma oportunidade, e depois cabe ao selecionador escolher os melhores para as convocatórias", confessa a O JOGO numa altura de grande motivação pessoal, ainda maior depois desta façanha coletiva que o Guingamp obteve em Paris."Individualmente, a época está a correr bem, muito bem, até. Tenho jogado com regularidade, tenho jogado bem, melhor do que na última época. Sinto que tenho evoluído", conta, comentando depois, quanto ao futuro pessoal: "Tenho contrato até 2022 e para já não me chegaram propostas para mudar de ares. Por agora não ligo a isso. O meu objetivo é estar bem e dar o meu melhor para ajudar a equipa."