Iniesta e a batalha contra a depressão: "Ter mais ou menos dinheiro não influencia nada"
Declarações de Andrés Iniesta, que aos 38 anos representa os japoneses do Vissel Kobe, em entrevista ao jornal AS.
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O que vão ver no seu mais recente documentário? "Vão ver o que uma lesão séria significa para um jogador de 36 anos [há dois anos], a operação, os medos, as dúvidas... Basicamente irão ver uma pessoa que adora futebol e que quer continuar a jogar, porque é essa a sua paixão. For por isso que dei 200% na minha recuperação. Tinha três opções: desistir do futebol, ser submetido a um tratamento conservador ou ser operado e voltar a jogar com certezas, que era o meu desejo. Felizmente, tomei a decisão certa".
Admitiu recentemente ter sofrido de depressão. Como é que isso aconteceu a uma pessoa com tanto? "Porque a depressão é algo que pode acontecer a qualquer um, não interessa a tua profissão ou a tua situação económica. São problemas que te afetam ser saberes o porquê e que tens de enfrentar e ultrapassar. Cada um lida com este processo de maturação de forma diferente. Ter mais ou menos dinheiro não influencia nada nestes casos. Ter uma boa situação económica ajuda bastante na vida, mas não te impede de sofrer um episódio mental duro como o que passei".
Final de carreira? "De momento, estou excitado para continuar a jogar e viver cada dia de cada vez. Não me apetece olhar mais adiante. Gosto de bastante de jogar e, no dia em que estiver no campo só por estar, saberei que a minha altura chegou, mas esse momento ainda não chegou"
Como olhou para a precoce eliminação do Barcelona na Champions? "Eu quero que o Barcelona e as pessoas que conheço estejam bem. Desde que Xavi chegou, a evolução tem sido muito positiva e o plantel atual é muito completo em todas as posições. Há coisas que acontecem e a Liga dos Campeões é decidida nos detalhes. Eles podiam ter ganhado um jogo contra o Bayern e o Inter mas não aconteceu".
Fracasso é a melhor forma de defini-la? "Eu não gosto dessa palavra. Falar de fracasso é relativo, porque eles tentaram com todas as forças. É uma deceção que soma às dos últimos anos"
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