Médio do Spezia concedeu entrevista à Gazzetta dello Sport
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A incerteza e as sucessivas más notícias da guerra na Ucrânia têm afetado Viktor Kovalenko, médio do Spezia, sob medicação para dormir face ao pensamento das informações que "podem chegar a qualquer momento".
"Estou muito preocupado. Para tentar dormir pelo menos algumas horas, tomo os produtos que o médico do Spezia sugeriu. Mas é muito complicado. Vivo sempre com o pensamento de que más notícias podem chegar de repente...", revelou, em entrevista à Gazzeta dello Sport.
O médio ucraniano de 26 anos, emprestado pela Atalanta, já perdeu um amigo na guerra e tem a família, a quem só deseja "abraçar novamente", na Ucrânia, em Kherson, "pronta para usar as armas para defender a vida".
O médio regozija-se pelo facto da sua família estar "bem", contudo, recorda que "a incerteza é terrível". "Não sabemos quanto tempo esta guerra absurda vai durar", enfatizou.
Kovalenko assume que é "mau ligar a televisão e ver certas imagens", mas confia que "a Ucrânia vai levantar-se de novo". Sentindo-se impotente, espera poder ajudar o país-natal, representando a seleção no play-off de acesso ao Mundial'2022, assumindo que isso "seria algo especial".
"Essa ideia ajuda-me. Pelo menos, distrai-me por algumas horas. Espero poder jogar o play-off do Mundial com a Ucrânia. Teria um significado especial. O Spezia está a apoiar-me muito, é um clube maravilhoso, uma grande família", concluiu.
A meia-final dos ucranianos frente à Escócia foi adiada e ficou, provisoriamente, agendada para junho, com o vencedor a defrontar posteriormente o País de Gales.
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