Guerra fria no Barcelona: vice não gostou do "convite" para se demitir e contra-atacou
O presidente Josep Maria Bartomeu quer limpar os membros da direção que considera desleais para ter um resto de mandato mais tranquilo e pediu a quatro para cessarem voluntariamente funções, ameaçando-os de despromoção
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Soube-se ontem que o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, contactou quatro dirigentes do clube a convidá-los para se demitirem, por considerá-los desleais e querer facilitar o ano e meio que lhe resta de mandato, e hoje um deles e o de maior peso, Emili Rousaud, já contra-atacou em várias entrevistas. Está instalada a guerra fria no Barça.
"Havia consenso na direção de que se houvesse uma candidatura de continuidade, seria eu o candidato. Ficaria encantado. Depois do 'Barçagate', o presidente disse que Masferrer [ex-assessor do presidente] estava suspenso, mas se calhar está a assessorá-lo. Golpe? Bartomeu ligou-me para dizer que queria fazer uma remodelação e que tinha receio com uma série de dirigentes, entre eles eu. Havia filtrações à Imprensa que incomodaram os jogadores. Acho pouco corajoso fazer isso por telefone e sem aviso prévio. Podíamos ter esperado três ou quatro semanas para fazer isto. Não gostei do procedimento. É óbvio que as razões que argumenta não são sólidas. As faturas da I3Venture [empresa ligada ao "Barçagate"] foram cortadas com o objetivo de passar por cima dos controlos internos do clube, isso é uma realidade. Na última reunião da Direção não se pediu a demissão de Bartomeu. Falou-se na possibilidade de antecipar eleições e a maioria estava a favor", atirou Rousaud.