Em fim de contrato com o Manchester City, Pep Guardiola procura o “penta” antes do adeus. Premier League começa na sexta-feira com a visita do Fulham, de Marco Silva, à casa de um Manchester United que aparece com uma defesa renovada, com as chegadas de Mazraoui, De Ligt e Yoro.
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Pep Guardiola acaba contrato com o Manchester City em junho do próximo ano e, apesar de ainda não ter oficializado o adeus, tudo indica que esta seja a sua última época à frente do clube. Uma temporada em que vai procurar chegar à conquista do “penta”, aumentando um recorde que já ajudou a estabelecer: é que, antes dele, nunca nenhum clube tinha sido tetracampeão em Inglaterra.
Aliás, desde que venceu pela primeira vez a Premier, há seis anos, só por uma vez Guardiola deixou fugir o título. Foi já em 2019/20, época em que o Liverpool, com Jurgen Klopp ao comando, interrompeu a dinastia do técnico catalão.
Agora, antes do início de mais uma caminhada, o treinador continua com um plantel quase igual ao de 2023/24, época em que só por três vezes saiu derrotado (por Arsenal, Wolves e Aston Villa, sempre fora de casa). A única saída relevante foi a do argentino Julián Álvarez (onze golos e nove assistências na última liga), compensada com a chegada do brasileiro Savinho, que tem provas dadas no Girona após o brilharete na época passada.
O City acabou a época com curtos dois pontos de avanço sobre o Arsenal, emblema que promete voltar a bater-se de igual para igual, até porque também continua com o mesmo treinador (o regularíssimo Mikel Arteta) e um plantel quase intacto, registando apenas a perda de Smith Rowe. Para acrescentar qualidade chega o italiano Ricardo Calafiori, previsivelmente para o lado esquerdo da defesa, uma vez que o espanhol não deve querer mexer na dupla de centrais formada por Saliba e Gabriel Magalhães, grandes responsáveis pelos gunners terem acabado a época com a defesa menos batida (o Man. City foi o melhor ataque).
A dar luta a citizens e gunners até à reta final da prova esteve o Liverpool, grande incógnita na abertura desta edição, depois da saída do histórico Jurgen Klopp. Em nove épocas à frente dos reds, o alemão conseguiu um título de campeão, mas também dois segundos e dois terceiros lugares. Com um futebol ofensivo de qualidade, o treinador era um dos maiores ídolos dos adeptos, agora na expectativa quanto ao trabalho a desempenhar pelo neerlandês Arne Slot. Quanto ao plantel, as mexidas também foram quase nulas, sem qualquer contratação registada até ao momento.
Quem muito se reforçou foram os clubes do patamar seguinte, nomeadamente Chelsea, Aston Villa e West Ham, que ocupam os três primeiros lugares do top de gastadores europeus do defeso. Os blues despenderam até agora 189 milhões de euros, contando-se entre os nomes novos o do português Pedro Neto, que chegou dos Wolves a troco de 60 M€. Dewswbury-Hall, Jorgensen ou Guiu são outros elementos que reforçam o plantel agora liderado por Enzo Maresca. Os villans, de Unai Emery, vêm de um sensacional apuramento para a Champions, mas mesmo assim investiram forte com as contratações de Onana ou Maatsen, entre outros. No total, foram 176 milhões gastos. Quanto ao West Ham, de Julen Lopetegui, num total de 144 M€, saltam à vista as contratações de Fullkrug, Wan-Bissaka ou Todibo (este a custo zero). Villas, blues e hammers, um trio que promete tornar ainda mais intensa a concorrência pelos lugares de topo na Premier League. Sem falar do Tottenham, que acertou Solanke para a frente de ataque, ou do Manchester United, claro, este com defesa renovada, após as chegadas de Mazraoui, De Ligt e Yoro. Marco Silva (Fulham) e Nuno Espírito Santo (Nottingham Forest) continuam a ser os treinadores lusos na prova.