Guardiola e o empate com o Inter: "Jogámos muito melhor do que há dois anos"
Treinador do Manchester City disse ter gostado de tudo o que viu na sua equipa e salientou a qualidade do campeão italiano. Aproveitou ainda para explicar a dupla substituição que fez ao intervalo, revelando que não foi por causa da lesão de Kevin De Bruyne
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O Manchester City e o Inter arrancaram na Liga dos Campeões na quarta-feira com um empate sem golos no Etihad, num jogo que, apesar de não ter resultado em três pontos, deixou Pep Guardiola satisfeito pela exibição da sua equipa.
“Defrontámos uma equipa mesmo muito difícil, os campeões de Itália. Eles são físicos e têm forças em todos os departamentos. Estou muito satisfeito com o jogo que fizemos, eles são os mestres de defender na profundidade. Ajudam-se mutuamente de forma inacreditável, por isso não podes esperar em criar muitas ocasiões, nós criámos algumas. Jogámos muito melhor do que há dois anos, na final da Liga dos Campeões. Gostei de tudo da minha equipa, teria preferido vencer, mas ainda temos sete jogos, vamos ver o que acontece”, começou por elogiar, em conferência de imprensa.
Quanto à dupla substituição que fez ao intervalo, trocando Savinho e Kevin de Bruyne – que tinha acabado de sofrer um toque – por Phil Foden e Ilkay Gundogan, o técnico do City referiu que não foi por causa da lesão do médio belga, mas sim uma decisão tática em função do esquema adversário.
“A razão foi porque jogámos contra uma formação de 3-5-2. Sempre que a bola estava de um lado, cinco jogadores iam para lá. Precisávamos de virar a bola rapidamente, por isso precisávamos de jogadores em espaços mais apertados e Rico [Lewis], Phil [Foden] e Gundo [Gundogan] são os melhores que temos nesses espaços. O Phil virou-se e fez dois cruzamentos em que o Gundo estava lá, outros jogadores não têm essas qualidades. Com a forma que eles defendem, ao fim de 35 minutos quis fazer esta mudança. Foi depois de os médicos dizerem que o Kevin não estava capaz de jogar, mas queria fazê-la na mesma”, explicou, referindo que ainda não sabe o estado em que se encontra De Bruyne.
A concluir, Guardiola voltou a salientar a qualidade do Inter e recusou falar numa possível conquista da Champions, dizendo que “há um longo caminho pela frente” antes de chegar a essa discussão.
“Durante vários anos, não falei de troféus de todo. Na Liga dos Campeões, as emoções são completamente diferentes. Temos uma vantagem ao jogar em casa, mas admiro equipas que defendem bem, nós também o fizemos. Concedemos ocasiões claras na transição, mas não muito mais. Eu sei o quão bons eles são, são uma equipa de topo, e nós comportámo-nos muito bem. Preferimos vencer, mas não tenho arrependimentos. Gostei de tudo o que fizemos”, reforçou.