Gonçalo Ramos: "Não fui desrespeitoso. Faz parte do jogo"

Os festejos de Gonçalo Ramos após marcar o golo que selou a vitória do PSG no Vélodrome (0-2), com as mãos junto dos ouvidos e gestos a apontar para o emblema do gigante parisiense, provocaram a ira dos adeptos do Marselha: de imediato choveram insultos e objetos em direção ao avançado português, obrigando à intervenção das forças de segurança, que tiveram de utilizar escudos e até uma rede protetora portátil.

Na zona mista, o antigo avançado do Benfica desvalorizou a situação, considerando nada ter feito de errado. “Eu acho que o ambiente foi muito bom. É difícil jogar aqui, mas nós adoramos jogar neste tipo de estádios. A minha celebração? Acho que faz parte do jogo. Se os adeptos gostam de dizer coisas aos jogadores, depois também têm de aceitar a minha celebração ou as de outros jogadores. Não acho que tenha sido desrespeitoso. Faz parte do jogo”, salientou Gonçalo Ramos, que marcou o décimo golo na temporada (sétimo no campeonato), depois de ter entrado ao minuto 65 para o lugar do capitão Mbappé.

Esse foi, de resto, outro dos momentos do jogo que mais deu que falar. O avançado francês saiu visivelmente descontente do terreno de jogo, tendo posteriormente publicado uma imagem nas redes sociais onde surge de costas e com a braçadeira de capitão na mão, numa partilha imediatamente associada a uma alusão à mais que provável mudança para o Real Madrid no próximo verão.

Questionado sobre o tema no pós-jogo, Luis Enrique mostrou-se exasperado, claramente. “É a mesma música todas as semanas, é esgotante. Sou treinador, tomo decisões todos os dias e vou continuar a fazê-lo até ao meu último dia em Paris. Tento sempre encontrar soluções para a equipa e se não as entendem, não me importa”, sentenciou.