Giresse receia penáltis no Portugal-França: "Diogo Costa antecipou tudo. De verdade, nunca vi isso"
O JOGO falou com Alain Giresse, figura incontornável do futebol francês e um dos carrascos de Portugal nas “meias” do Europeu de 1984
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Um dos carrascos de Portugal no Euro’1984, Alain Giresse fazia parte do meio-campo mágico da França nos anos oitenta. Pés de veludo e drible apurado nas combinações com Tigana, Fernández e Platini. Portugal e França iniciaram cruzada de batalhas intensas e dramáticas em Marselha, jogo de reviravoltas e um final de cortar a respiração, extasiante para os galos, terrível e desolador para os lusos. Aos 71 anos, esta lenda do futebol francês, muito vinculado afetivamente ao Bordéus, onde acolheu o pequeno genial Chalana na euforia do que se vira no Europeu, falou ao JOGO sobre o quinto choque nesta prova magnânima entre seleções unidas por afinidades, mas também por contas do passado no futebol. Se 1984 acabou num súbito atropelo do sonho, 2000 foi um golpe lancinante, difícil de sarar, por uma mão de Abel Xavier que levou Zidane para novo destino afortunado francês com uma final. A sede portuguesa de uma desforra foi saciada em 2016, da forma mais cruel possível, em solo francês com a marca do herói mais improvável: Éder.
O jogo de Marselha foi um dos mais emocionantes da história da prova e deu início a uma saga épica com a França. Antigo médio recorda o fator Platini e evoca a saudade dos que já partiram.