Gesto racista dirigido a Son motiva expulsão de adepto de 13 anos do estádio
Mais um caso de intolerância nas bancadas da Premier League.
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O Burnley confirmou na segunda-feira que um adepto seu, de apenas 13 anos, foi expulso do estádio do Tottenham durante o jogo do último fim de semana devido a um gesto/comportamento considerado racista dirigido a Son Heung-min, jogador sul-coreano que marcou um dos golos desse encontro.
O adolescente estava acompanhado por adultos e o Burnley já fez saber que aconselhará a família a inscrevê-lo num programa educacional. Este incidente junta-se a outro já conhecido do adepto do Man. City, de 41 anos, que foi detido após ter sido apanhado a fazer gestos considerados racistas em direção a Fred, do Man. United, embora tenha argumentado que não estava a imitar um macaco, mas sim a tentar enfiar as mãos nos bolsos, tese que não convenceu nem o seu próprio clube, o City, que condenou o comportamento e ajudou a polícia a identificar o homem.
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Face à acumulação de exemplos de comportamentos racistas, designadamente este fim de semana, o debate está lançado em Inglaterra. O ex-internacional Gary Neville, figura do Man. United, culpou o primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, por incendiar os ânimos com os seus discursos anti-imigração na defesa do Brexit.
Mas houve mais: em Brighton, dois adeptos do Wolverhampton foram igualmente expulsos do estádio por comportamento homofóbico, outra das marcas de intolerância nos estádios. A Premier League levou a cabo uma campanha de sensibilização contra a homofobia, com os capitães a envergarem braçadeiras arco-íris a simbolizar a luta contra a discriminação. Recorde-se que esta questão já tinha estado no centro das atenções em França, com jogos interrompidos, e Itália está a braços, como se sabe, com uma onda galopante de casos de racismo.