Futebolistas noruegueses vão denunciar situação dos trabalhadores migrantes no Catar
Intenção foi revelada pelo selecionador taale Solbakken, em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo entre Noruega e Gibraltar, e motivada pela morte de 6.500 pessoas na construção de infraestruturas para acolher o Mundial
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Os internacionais Erling Haaland, Martin Odegaard e os restantes futebolistas da seleção norueguesa manifestaram a intenção de denunciar, no jogo de quarta-feira com Gibraltar, a situação dos trabalhadores migrantes no Qatar.
"Está na altura de tomarmos uma ação concreta", disse o selecionador, Staale Solbakken, na conferência de imprensa de antevisão do embate entre gibraltinos e nórdicos, relativo à fase qualificação para o Mundial'2022, cuja fase final se realizará no Catar.
Vários clubes noruegueses manifestaram-se favoráveis a um boicote ao Campeonato do Mundo, após o jornal britânico The Guardian revelar que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Catar desde a atribuição, em 2010, da organização da competição de seleções àquele país. Um total de 55% dos noruegueses declararam-se a favor de a boicotar.
O assunto será futuramente debatido num congresso extraordinário das estruturas de futebol da Noruega, no próximo dia 20 de junho. Na etapa dequalificação para o Mundial de 2022, a Noruega integra o grupo G, juntamente com Gibraltar, Turquia, Montenegro, Países Baixos e Letónia.