"Fumei marijuana, 'snifei' cocaína e tomei ácidos", conta a revelação do Brasileirão
A história é contada na primeira pessoa pelo próprio jogador, hoje visto como um das grandes revelações do Brasileirão que acabou com o Flamengo a celebrar o título
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Chama-se Michael, joga no Goiás e aos 23 anos é tido como uma das estrelas do Brasileirão ao ponto do defeso no Brasil estar a ser muito marcado pelas notícias sobre o futuro imediato do extremo. Onde jogará? Continuará no país ou será transferido para um clube estrangeiro?
Eleito o jogador revelação da época de 2019, Michael estará a ser disputado por três dos maiores clubes brasileiros - Flamengo, Palmeiras e Corinthians -, dispostos a pagar cerca de 11 milhões de euros. Mas, o que interessa aqui é a história de vida de Michael, a razão para apenas ter surgido aos 23 anos. "Há um ano via jogos do Cruzeiro, Corinthians ou Grémio e agora estou a jogar contra eles", conta.
Natural de uma pequena localidade mineira do estado de Mato Grosso, Michael teve tudo menos uma vida fácil: "Eu fumei marijuana, snifei cocaína e clorofórmio, tomei ácido... E envolvi-me no tráfico de drogas, fui ameaçado de morte seis vezes. Uma vez em frente de minha casa um tipo apontou-me uma arma à cabeça e não teve coragem de disparar", conta agora, revelando ainda chegou a fumar três maços de tabaco.
A vida começou a mudar apenas em 2015, quando finalmente foi contratado por um clube da terceira divisão brasileira. "Nunca joguei na formação de um clube. Sabia jogar, mas precisava de uma oportunidade". Após duas temporadas, foi contratado por Goiás. "O futebol para mim não é um trabalho. Eu divirto-me. Esta alegria vem de 'pachanga'. O que se aprende lá não se esquece, este futebol alegre e atrevido. E eu tenho muito que aprender como profissional. Estou a evoluir todos os dias", finaliza.