A "Globo" também foi visada, alegadamente por perseguir quem não é de esquerda
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Uma sucessão de acusações entre várias figuras do futebol brasileiro terminou esta sexta-feira com Eduardo Bolsonaro (filho do presidente do Brasil) a atacar o antigo jogador do FC Porto, Walter Casagrande, por este ser "militante comunista".
O episódio começou quando Raí, antiga estrela da seleção brasileira e agora diretor de futebol do São Paulo, disse numa entrevista à Globoesporte que Jair Bolsonaro tem uma postura "irresponsável" e, como tal, deveria renunciar ao cargo de Presidente da República.
"Ele vai contra todas as recomendações da OMS e está no limite da irresponsabilidade", disse Raí.
"Estar sujeito a um presidente como estes, que toma decisões que confundem completamente a população... Por causa dele, milhares de mortes a mais vão acontecer", acrescentou Raí.
Estas frases tiveram grande repercussão mediática no Brasil e, num programa de TV da mesma Globo, o comentador Caio Ribeiro (que foi jogador de São Paulo, Nápoles e Flamengo, entre outros) criticou Raí pelas acusações, defendendo que, por ser dirigente, aquele não deveria fazer comentários políticos.
O senhor que se seguiu na polémica foi então Walter Casagrande, antigo jogador do FC Porto e agora comentador na Globo, tal como Caio.
"Penso exatamente como o Raí", disse, lembrando que "as mortes aumentam todos os dias no país" e que, "numa democracia, todas as pessoas podem e devem expressar as suas opiniões, sobre qualquer assunto, independentemente da sua profissão".
"Ninguém pode querer censurar a fala do outro. Isso é antidemocrático", acrescentou, numa tomada de posição que, esta sexta, mereceu a tal resposta de Eduardo Bolsonaro.
"A discussão entre Caio e Casagrande prova a perseguição na Globo para quem não milita a favor da esquerda (Casagrande é militante comunista)", escreveu o filho de Bolsonaro nas redes sociais.
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