Criadores tinham permitido o órgão, em 2014, então presidido por Blatter, usar o spray em troca de 40 milhões de euros, mas o acordo não foi cumprido
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A FIFA, organismo que tutela o futebol mundial, foi acusada pelo Supremo Tribunal de Justiça do Brasil (STJB), de violar uma patente registada que assegurava a exclusividade do spray utilizado pelos árbitros para marcar distâncias de barreira.
Os dois criadores do spray, Pablo Silva e Haine Alemagne, aguardam, agora, a receção do montante indemnizatório a ser despendido pela FIFA. Segundo o jornal espanhol AS, estima-se que essa verba poderá ser superior a 100 milhões de euros.
Além disso, os responsáveis da FIFA envolvidos na usurpação do material podem, de acordo com a lei brasileira, ser condenados entre um a quatro anos de prisão.
O caso arrasta-se há vários anos. Pablo Silva e Haine Alemagne asseguraram que tinham permitido à FIFA, em 2014, então presidida por Joseph Blatter, a utilização do spray em troca de 40 milhões de euros, mas o acordo não foi cumprido.
Esse revés, causado também pela demissão forçada de Blatter, envolvido num escândalo de corrupção relativo a subornos milionários, originou uma disputa judicial antes do Mundial de 2018, prova na qual foi utilizada o spray pela primeira vez, à revelia, dado que um tribunal brasileiro impedira a sua utilização.