Fernando Santos recorda o momento em que assumiu o comando da seleção da Grécia.
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Fernando Santos, durante o fórum de Treinadores de Futebol e Futsal, relata a sua experiência como selecionador e reconhece "nunca ter pensado em ser selecionador. Não há fórmula, é preciso ter convites. Também fui despedido pelo menos três vezes!".
"O selecionador só é treinador num jogo, quase não há treinos", disse Fernando Santos, em resposta ao desafio de Henrique Calisto, que orientou a entrevista ao Selecionador Nacional, acrescentando: "da primeira vez que fui selecionador [pela Grécia], ao fim de de dois dias, pensei que aquilo ia dar barraca. Passado um mês resolvi que era tudo ao contrário".
"Um grupo forte não tem de ser fechado", sublinhou, juntando ainda mais uns episódios como selecionador dos gregos.
"Na Grécia os jogadores acreditavam nas minhas competências, e tive de convencer os gregos a treinar de manhã. E assim cheguei a selecionador".
Jimmy Hagan "foi treinador que influenciou muito" Fernando Santos que teve ainda em Manuel de Oliveira outras das referências.
Atualmente há menos treinadores antigos jogadores internacionais? "Liderança é fundamental. Se não houver talento. A questão central é que houve um tempo em que se calhar não se percebeu que entrou uma componente muito forte no futebol, a ciência entrou no futebol. É importante conciliar o tato com esta ciência. Quem conseguir fazer tudo vai ser melhor, quem souber estar com jogadores, conhecer balneário... mas tem de saber de treino e de jogo. Treino é fundamental. É preciso ter conhecimento e ter jeito", remata.