Declarações de Fernando Santos na antevisão ao jogo com a Chéquia, para a Liga das Nações, com início às 19h45 de quinta-feira.
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Análise à Chéquia: "Vamos encontrar uma equipa que defende de maneira diferente da Alemanha ou Bélgica, por exemplo. Jogam em 5x4x1 e em transição ofensiva em 3x4x3. Tanto a Bélgica como a Alemanha são equipas de posse, tentam empurrar o adversário para trás, com muita gente a chegar à frente. A equipa da Chéquia é muito compacta, organizada, joga num espaço de 20/25 metros. Pega na bola na zona do meio-campo, sobe e desce sempre junta. Na zona central vai haver grande concentração de jogadores, é preciso ter paciência para encontrar os momentos certos e os espaços. É uma equipa que tem um processo muito simples a atacar, é forte nas transições e joga em ataque rápido. Não quer chegar com tantos jogadores. Tem sempre como objetivo a profundidade do jogo, e basta ver o jogo com a Espanha para perceber isso. Está muito rotinada nessa forma de jogar. Nós não mudamos a nossa filosofia, mas obviamente que cada adversário tem uma estratégia e nós temos de a conhecer para impormos a nossa lei."
Vai cumprir o 100.º jogo no banco da Seleção. Momentos marcantes: "O primeiro jogo, esse é que foi realmente marcante. Estar à frente do meu país no primeiro dia é o mais marcante, naturalmente. Nas seleções é tudo muito rápido, os jogadores entram e saem. Lembro-me do primeiro jogo, porque fez-me muita confusão, deve ser dos poucos jogos que não me lembro. Esse foi, na realidade, o mais marcante para mim."
Chéquia é um novo desafio: "É um adversário diferente que nos vai colocar questões distintas. Não é como as equipas de posse, que tentam organizar. Certamente não vão haver tantas oportunidades para explorarmos o espaço em profundidade, porque Espanha ou Suíça sobem muito. A Chéquia mantém sempre quatro ou cinco jogadores atrás, são pouco desequilibrados nesse aspeto. Quando falo de paciência não é circular sempre para trás, mas temos de saber procurar o espaço. O [espaço] central vai ser difícil explorar. É um jogo em que temos de estar muito atentos. Não é mero acaso o facto de terem empatado com a Espanha e vencido a Suíça. A Espanha é que empatou, porque esteve a perder. Sabendo isso, é colocar em campo todas as nossas capacidades, e nestes jogos é muito importante a criatividade individual, é um jogo que vai ser muito resolvido no último terço. Esta qualidade de um passe, um drible, passe a rasgar, vai marcar a diferença e espero que o façamos bem".
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